Fintech

Nubank (NU): ‘Ainda somos formiguinha, e nossa estratégia é de longo prazo’, diz David Vélez em Davos

25 maio 2022, 10:22 - atualizado em 25 maio 2022, 10:23
David Velez, Fundador e CEO do Nubank, na Bolsa de Nova York (NYSE)
Vélez está em Davos

Para o cofundador do Nubank (NU), David Vélez, a fintech “ainda é uma formiguinha” e tem uma estratégia de longo prazo para recuperar o valor inicial das ações quando abriu mercado em Nova York. Para ele, ainda é impossível saber.

Vélez, que participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, falou também sobre a queda de ações da fintech.

“Continuamos focados na construção e na mesma estratégia. Daqui a cinco anos, a gente fala”, disse ele, segundo o site Valor Econômico.

Sobre o valor de mercado da companhia que, segundo os mais céticos, parecia uma “exuberância irracional e estaria mais próximo da realidade no momento”, Vélez foi categórico:

“Isso é ótimo, porque ser ignorado é o melhor que pode acontecer’, disse. “Fomos ignorados no Brasil por três a quatro anos. Ninguém olhava a gente. Passamos as quatro fases (frase atribuída a) Gandhi: primeiro, eles te ignoram, depois eles riem de vocês, depois eles brigam com você, e depois você ganha. Agora a gente volta a ser ignorado.”

Em uma conversa com alguns jornalistas brasileiros, ainda segundo o Valor, Vélez afirmou que “o valor de mercado bancário da América Latina é de US$ 1 trilhão e ainda há 250 milhões de pessoas sem contas bancárias na região, e o modelo digital é muito mais rentável do que as instituições tradicionais, porque não tem agências, por exemplo”.

“Até lá, vão ter crises, tem ciclos, é América latina, mas no longo prazo…”, disse ele, talvez dando indícios de uma futura expansão do Nubank para outros continentes.

Apesar disso, Vélez afirmou aos jornalistas que “o Nubank está focado no Brasil, México e Colômbia e chegando perto de 60 milhões de clientes — sobretudo no Brasil”. “Falta crescer ainda com essa base”, disse.

Revezes

O valor de mercado do Nubank, atualmente, é de US$ 15,53 bilhões.

Na estreia do Nubank na Nasdaq, os papéis da companhia chegaram a US$ 9, o que fez com que o valor de mercado da empresa superasse os US$ 40 bilhões, passando na frente de bancões como o Itaú Unibanco (ITUB4), e deixando a fortuna de Vélez, que é colombiano, acima de sete dos dez brasileiros mais ricos do mundo, segundo a Forbes.

À época, Vélez passou na frente de bilionários como Eduardo Saverin, Jorge Paulo Lehman e Marcel Hermann Telles.

Atualmente, segundo a lista, André Esteves, do banco BTG Pactual, está na frente do cofundador do Nubank. Esteves tem uma fortuna estimada em US$ 5,5 bilhões, enquanto Vélez tem US$ 3,7 bilhões.

E a felicidade da fintech durou pouco. Com a perda no valor das ações, o valor de mercado do Nubank também caiu, estando agora em torno de US$ 17 bilhões — abaixo do Santander, que vale US$ 47,21 bilhões, do Bradesco, com avaliação de US$ 40,4 bilhões e do Itaú, que se valorizou para cerca de US$ 45 bilhões.

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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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