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O carro que deve impulsionar setor e fortalecer o Brasil como líder da transição energética

01 abr 2024, 15:21 - atualizado em 01 abr 2024, 15:21
carros híbridos carros
Os carros em questão podem resultar em uma diminuição do uso da gasolina, enquanto impulsionam a demanda por etanol (Imagem: Facebook/ BYD Brasil)

De uns tempos para cá, os carros movidos a energia limpa tem ganho cada vez mais força, à medida que os compromissos de descarbonização avançam no Brasil e no mundo.

Recentemente, ouvimos o CIO da Trígono Capital, Werner Roger, que disse que o Brasil conta com as melhores políticas de descarbonização através de combustíveis renováveis, mas ele fez ressalvas quanto ao carro elétrico, em função das baterias feitas a partir de minérios.

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Sendo assim, os carros híbridos, que contam com um motor movido a combustão e um motor elétrico, surge, como uma das principais soluções para mitigação de carbono no Brasil.

Quem também defendeu os carros híbridos como uma solução inteligente para descarbonização no Brasil foi o CEO da Raízen (RAIZ4), Ricardo Mussa.

Por que o carro híbrido?

O analista de mercado da StoneX, Marcelo Bonifácio, ressalta que o primeiro impacto de uma eletrificação mais acelerada da frota de veículos leves do Brasil fica por conta do redução do consumo da gasolina.

“O etanol ainda possui um fator poluente, por envolver a combustão, mas existe essa mitigação das emissões por ser produzido a partir de fontes limpas. O carro híbrido ele pode ser sim muito positivo por alguns fatores de ganho de tecnologia, mas ele vai ser limitante, quando usada a eletricidade, em grandes distâncias percorridas”, avalia.

A partir deste cenário, Bonifácio destaca que seria positivo, em grandes cidades, como o caso de São Paulo, o uso da energia elétrica no dia a dia, e em caso de viagens mais longas, abastecer o veículo com o etanol.

“O problema ainda vai ser estrutural, porque a gente não tem tantas centrais de carregamento dos carros quando saímos das capitais. O carro híbrido pode ser sim um impulsionador de demanda por etanol, mas no curto prazo, ele deve ser tão relevante, já que o acesso a esses carros, em termos de renda, ainda é limitado”, analisa.

O projeto do Combustível do Futuro promete dar um impulso para os carros híbridos e aos veículos movidos a etanol, já que a mistura do biocombustível na gasolina deve passar de 27% para 30%. Até 2032, a Toyota planeja investir US$ 1,1 bilhão em tecnologias de carros híbridos, elétricos e movidos a hidrogênio.

Para 2024, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), prevê um aumento de 61% nas vendas de carros elétricos e híbridos no Brasil.

Impulso para o agronegócio

Entre os “trunfos” do Brasil para os carros híbridos, destaque para o pujante agronegócio, que conta com expressivas safras de milho e cana-de-açúcar, importantes matérias-primas para a produção do etanol.

Para a StoneX, a safra 23/24 de milho do Brasil deve girar em torno de 124,44 milhões de toneladas, enquanto o ciclo 24/25 da cana deve girar em torno de 602,2 milhões de toneladas para a consultoria.

Um dos principais impulsos que vem com o aumento da conscientização da população brasileira e investimento em capacidade produtiva, fica por conta do aumento real do consumo de etanol hidratado, ainda que isso dependa de fatores externos.

“O clima, por exemplo, pode gerar quebras de safra e menor produção, encarecendo o preço do produto e tornando o biocombustível desfavorável. Além disso, o aumento da mistura do anidro na gasolina também pode ser um caminho efetivo para diminuir consumo de gasolina A e aumentar a presença do etanol na matriz brasileira”, finaliza.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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