Ibovespa

O pior da crise já ficou para trás e Ibovespa ruma aos 112 mil pontos, avalia Safra

21 jul 2020, 9:14 - atualizado em 21 jul 2020, 11:26
Mercados Ibovespa
Mais cortes da Selic devem alavancar ainda mais o Ibovespa no decorrer de 2020 (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Após ter perdido a marca dos 100 mil pontos em 6 de março, como efeito avassalador da pandemia de coronavírus, o Ibovespa traçou uma jornada de pouco mais de quatro meses para retomar tal patamar e não vai parar por aí, segundo análise do Banco Safra.

O banco fez um ajuste em relação as suas perspectivas sobre o principal índice da bolsa brasileira, até o final de 2020. A equipe elevou o preço-alvo do Ibovespa (IBOV) para 112 mil pontos ante 97 mil pontos decorrente da última avaliação.

Os analistas Luis Azevedo, Cauê Pinheiro e Silvio Dória explicam que a elevação do preço se deve a visão marginalmente mais otimista sobre a perspectiva de que o pior da crise tenha ficado para trás.

“A manutenção de uma recuperação gradual da economia, continuidade das reformas estruturais e juros em níveis estimulativos para a atividade estão motivando a realocação de parte dos recursos para renda variável”, nas palavras do trio de analistas.

Além da recuperação econômica gradual, trimestre a trimestre, o Safra aponta para os esforços do governo Bolsonaro em aumentar sua base no Congresso Nacional, cujos efeitos práticos são maior envergadura para a aprovação das reformas tributária e administrativa, privatizações de estatais e licitações em infraestrutura, por exemplo.

O time de macroeconomia do Safra espera mais cortes na taxa básica de juros, levando a Selic a uma mínima de 1,5% ao ano. Cenário que deve alavancar ainda mais o Ibovespa.

Congresso
Governo Bolsonaro tem ampliado sua base aliada no Congresso, facilitando agenda de reformas e privatizações (Imagem: Flickr/ Edilson Rodrigues)

“A percepção de que o pior da crise da Covid-19 já passou é refletida na curva de rendimento do título do governo brasileiro de longo prazo, que cedeu bastante desde o pico visto em março. O CDS também mostra o mesmo movimento”, pontuam os analistas.

A bolsa parece estar barata num horizonte de curto prazo utilizando como referência a curva de juros, o que daria um juro real de 1,5% a 2%, no máximo.

“Considerando uma análise Preço/Lucro 2021e, percebemos que o Ibovespa já apresentou uma reprecificação em termos de múltiplos, porém entendemos que ainda há espaço para a continuidade deste movimento”, defende a equipe do Safra

Explicam que, historicamente, as ações que compõem o índice Bovespa negociam a um intervalo de razão Preço/Lucro 12 meses futuros entre 8 vezes e 14 vezes, valor que atualmente encontra-se em 13,7 vezes

“Em nossa leitura o Ibovespa pode chegar a um múltiplo de 14,15 vezes, o que representaria uma apreciação de 3,3% em razão da expansão de múltiplo e 5,6% por conta da própria perspectiva de crescimento do lucro por ação das companhias que compõem o índice Ibovespa”.

Escada do paraíso

Escadaria
Segundo os analistas, a próxima resistência para o índice, que hoje opera ao redor dos 105 mil pontos, esta em 108.800 pontos (Imagem: Pixabay/@dimitrisvetsikas1969)

Na visão do Itaú BBA, o Ibovespa está “subindo a escada para o paraíso” em rumo a sua máxima histórica em 120 mil pontos, segundo relatório ao qual o Money Times teve acesso.

“A continuidade do movimento de alta está condicionada a superação dos demais mercados internacionais de suas máximas recentes. Vale destacar que o S&P 500 conseguiu superar a barreira psicológica em 3.240, tornando o índice positivo em 2020 e este fato pode contribuir como impulsionador para os demais mercados”, enfatiza o time do Itaú BBA.

De acordo com dados da B3 (B3SA3), os investidores individuais foram responsáveis pelo ingresso de aproximadamente R$ 42 bilhões até meados de junho, enquanto investidores institucionais ingressaram com R$ 35 bilhões e o investidor estrangeiro retirou cerca de R$ 82 bilhões da bolsa brasileira no mesmo período.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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