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O que é a Braskem (BRKM5), empresa da qual a Petrobras (PETR4) está vendendo ações

27 jan 2022, 14:33 - atualizado em 27 jan 2022, 14:48
Funcionários, Braskem
Petroquímica é fruto da integração das empresas Copene, OPP, Trikem, Proppet, Nitrocarbono e Polialden (Imagem: LinkedIn/Braskem)

A Braskem (BRKM5), em processo para ser vendida pelos acionistas Petrobras (PETR3;PETR4) e Novonor (ex-Odebrecht), está entre as maiores petroquímicas do mundo.

Criada em 2002 a partir da integração das empresas Copene, OPP, Trikem, Proppet, Nitrocarbono e Polialden, a companhia global teve suas ações listadas na B3 (B3SA3) no mesmo ano.

Em 2004, as ADRs (American Depositary Receipts, recibos de ações de empresas estrangeiras negociada nos Estados Unidos) da companhia começaram a ser negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse).

Produção

A Braskem conta com unidades industriais no Brasil (petroquímicos básicos – uso de nafta ou gás como matéria-prima de produção de eteno e co-produtos; poliolefinas – uso de eteno e propeno para produção de PE e PP; e vinílicos – uso de cloro-soda e eteno para produção de PVC), EUA, Alemanha e México.

Ela é líder em produção de resinas termoplásticas (PE [polietileno], PP [prolipopileno] e PVC) e biopolímeros de PE a partir de matéria-prima renovável. A companhia também é a maior produtora de PP na América do Norte e lidera a produção de PE no México.

Parcerias e aquisições

Em 2006, a Braskem comprou a Politeno, terceira maior produtora de PE no Brasil. No ano seguinte, a companhia adquiriu os ativos químicos e petroquímicos do Grupo Ipiranga, incluindo o controle da Copesul.

Em 2009, a aprovação da incorporação da Petroquímica Triunfo pela Braskem foi aprovada. No mesmo ano, foi criada a joint-venture Braskem-Idesa para a implementação de um projeto petroquímico no México, posteriormente inaugurada em 2016. Recentemente, a empresa foi palco de desentendimentos entre a Braskem e o governo mexicano.

Em 2010, a companhia deu início ao seu processo de internacionalização ao adquirir as plantas de PP da Sunoco nos EUA. A expansão no exterior seguiu em 2011 com a compra de plantas de PP da Dow Chemical nos EUA e na Alemanha. A Braskem passou a ser a maior produtora da resina no mercado norte-americano.

Nos últimos anos, a Braskem realizou esforços para expandir suas operações nos EUA, inaugurando novas plantas para fortalecer sua posição no país.

Acionistas

Braskem
Novonor e Petrobras possuem, respectivamente, 50,1% e 47% do capital votante da Braskem e 38,3% e 36,1% do capital social da empresa (Imagem: LinkedIn/Braskem)

A Braskem definirá nesta quinta-feira (27) o preço por ação da oferta secundária de ações que abrirá caminho para a saída da Petrobras e da Novonor da companhia.

A Novonor e a Petrobras possuem, respectivamente, 50,1% e 47% do capital votante da Braskem e 38,3% e 36,1% do capital social da empresa.

As duas acionistas planejam vender até 154,9 milhões de ações preferenciais da companhia em uma oferta que pode levantar mais de R$ 8 bilhões.

A companhia está em processo de migração para o Novo Mercado, nível mais alto de governança corporativa da B3. A Braskem disse que já atingiu todos os requerimentos para ingressar no Novo Mercado, sendo eles:

  • Tag along de 100% para todos os acionistas em caso de alienação de controle;
  • Divulgação de demonstrativos financeiros de acordo com padrões internacionais;
  • Conselho de administração com no mínimo cinco membros e mandato unificado de até dois anos, além de pelo menos 20% de conselheiros independentes.

As ações da Braskem têm sido bastante pressionadas nas últimas semanas. Desde o anúncio do pedido de registro da oferta de ações, em 14 de janeiro, os papéis da petroquímica caíram mais de 10%. No mesmo período, o Ibovespa acumulou uma valorização de 7%.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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