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O que está mexendo com os mercados? Veja as principais notícias

08 set 2020, 13:27 - atualizado em 08 set 2020, 13:27
Nasdaq Mercados Ações
Nos EUA, o índice Nasdaq despencava mais de 3% na abertura desta terça-feira, com os investidores vendendo ações da Tesla (Imagem: Reuters/Andrew Kelly)

1 – Cenário externo puxa queda do Ibovespa 

O Ibovespa (IBOV) recuava cerca de 1% nesta terça-feira, na volta de fim de semana prolongado por feriado na véspera, pressionado pelo viés negativo dos mercados acionários no exterior e da forte queda dos preços do petróleo.

“Estamos juntando um quadro técnico menos favorável, preços e ‘valuations’ esticados, um mercado que subiu de maneira rápida e acentuada…e um cenário ainda desafiador para a recuperação”, avaliou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos.

Ele argumentou, contudo, que as esperanças para uma vacina estão presentes e a recuperação ainda é visível, mesmo que com menos vigor do que nos últimos meses.

Na B3, o Ibovespa estreava nesta sessão nova carteira, que irá vigorar até o final de 2020 e passou a incluir os papéis da Eztec (EZTC3) e PetroRio  (PRIO3), totalizando 77 ativos de 74 companhias.

Nos EUA, o índice Nasdaq (NSXUSD) despencava mais de 3% na abertura desta terça-feira, com os investidores vendendo ações da Tesla (TSLA) e outros importantes papéis de tecnologia, enquanto tensões entre Estados Unidos e China e preocupações sobre uma recuperação econômica instável também pesavam sobre o sentimento.

Todos os onze principais setores do S&P operavam em queda no início do pregão, com os setores de energia e tecnologia da informação liderando as perdas.

Um rali movido a tecnologia em Wall Street terminou na semana passada, com o Nasdaq fechando 6% abaixo de sua máxima recorde.

2 – Petróleo Brent recua 5% para menor nível desde junho

Os preços do petróleo Brent caíam abaixo de 40 dólares por barril nesta terça-feira, na quinta sessão de queda, pressionados por preocupações de que a recuperação na demanda possa enfraquecer à medida que infecções por coronavírus crescem pelo mundo.

Os casos de coronavírus aumentaram em 22 dos 50 Estados dos Estados Unidos, mostrou uma análise da Reuters no fim de semana. Novas infecções também estão aumentando na Índia e no Reino Unido.

O petróleo Brent recuava 2,32 dólar, ou 5,52%, a 39,69 dólares por barril, às 11:29 (horário de Brasília). Antes, chegou a cair para 39,61 dólares, o menor nível desde 25 de junho.O petróleo dos Estados Unidos caía 3,17 dólar, ou 7,97%, a 36,6 dólares por barril.

Na segunda-feira, o petróleo caiu após a petroleira saudita Aramco ter cortado os preços oficiais de venda de outubro por seu petróleo Arab light, em um sinal de que a demanda pode estar sofrendo.

Com isso, as ações da Petrobras (PETR3PETR4) recuavam 3,71% e 4,37%, respectivamente e PetroRio (PRIO3) caía 5,88% na estreia no Ibovespa.

Oi OIBR3 OIBR4
Segundo a Ágora Investimentos, considerando-se tudo, a ação ainda tem espaço para subir 14% em relação ao fechamento da última sexta-feira (4) (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

3 – Oi aceita oferta de R$ 16,5 bilhões da Claro, Tim e Vivo

Oi (OIBR3) anunciou na última segunda-feira (7) que aceitou a oferta de R$ 16,5 bilhões por sua unidade móvel feita por um consórcio formado pelas operadoras ClaroTim (TIMP3) e Vivo (VIVT4), mostra um comunicado enviado ao mercado.

De acordo com o documento, R$ 756 milhões referem-se a serviços de transição a serem prestados por até 12 meses pela Oi, acrescido do compromisso de celebração de contratos de longo prazo de prestação de serviços de capacidade de transmissão junto à Oi, na modalidade take or pay.

O valor presente líquido, calculado para fins e na forma prevista no Aditamento ao Plano de Recuperação Judicial é de R$ 819 milhões.

Segundo a Ágora Investimentos, considerando-se tudo, a ação ainda tem espaço para subir 14% em relação ao fechamento da última sexta-feira (4).

Fred Mendes e Flávia Meireles, que assinam o comentário incluído no relatório de abertura de mercado desta terça (8), calculam que o preço-alvo da Oi seja de R$ 2,10. A dupla reforçou sua recomendação de compra das ações, e vê o negócio mais perto de ser concluído.

Os investidores parecem concordar. Às 10h27, a Oi operava em alta de 4,89%, cotada a R$ 1,93, enquanto o Ibovespa recuava 1,54%, pressionada pelo cenário externo, e marcava 99.682 pontos.

4 – Senado dos EUA votará auxílio por Covid-19 ainda esta semana

O Senado norte-americano, liderado pelos republicanos, apresentará uma nova proposta para um pacote de auxílio do coronavírus nesta terça-feira e pode agendar uma votação ainda esta semana, disse o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell.

Ele disse que a nova proposta aborda “algumas das questões mais urgentes de saúde, educação e economia“.

“Ela não contém todas as ideias de que nosso partido gosta. Estou confiante de que os democratas vão sentir o mesmo. No entanto, os republicanos acreditam que as várias diferenças sérias entre nossos partidos não devem nos impedir de concordar onde pudermos concordar e fazer leis que ajudem nossa nação”, disse McConnell em declaração.

Bandeira Brasil
Na análise da Moody´s, uma recuperação dos indicadores de atividade econômica sugere que a recessão será menos severa que a prevista por investidores, em linha com suas projeções (Imagem: Pixabay)

A agência de classificação de risco Moody´s avaliou, nesta terça-feira (8), que a contração econômica do Brasil atingiu o piso, mas afirmou ver um impacto fiscal maior e a dívida do governo aumentando para 95% do PIB.

Na análise da Moody´s, uma recuperação dos indicadores de atividade econômica sugere que a recessão será menos severa que a prevista por investidores, em linha com suas projeções.

A agência estima que o déficit fiscal do país atingirá 14,7% do PIB em 2020, enquanto a dívida do governo deverá permanecer por volta de 95% em 2021.

“A retomada da consolidação fiscal, como indica o orçamento, daria apoio à qualidade de crédito do Brasil, embora proposta de ampliação do gasto social seja um risco de elevação de despesas”, afirmou a Moody´s Investors Service em nota.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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