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O que falta para o Brasil recuperar o grau de investimento

14 jun 2023, 19:06 - atualizado em 14 jun 2023, 19:11
Fernando Haddad
Haddad afirmou que a melhora da perspectiva de rating do Brasil representa “um passo importante”. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Brasil precisa de reformas “decisivas” e políticas macro, micro e regulatórias que apoiem o investimento e promovam o crescimento da produtividade, para conseguir subir na escala de ratings e recuperar o grau de investimento das agências de classificação de risco, disse o Goldman Sachs.

A avalição é feita após a agência de classificação de risco S&P Global Ratings elevar a perspectiva do Brasil de estável para positiva, mas reafirmar o rating “BB-“. O país precisaria subir três degraus na classificação para recuperar o grau de investimento.  

Além da S&P, a Fitch classifica a dívida externa de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil em BB-. A Moody’s classifica o país em Ba2 (dois degraus abaixo do grau de investimento).

“Em nossa avaliação, fora da política monetária, o atual mix de políticas macro e micro e as perspectivas para reformas ainda estão significativamente aquém do nível necessário”, afirmou o analista Alberto Ramos, que assina o relatório do Goldman Sachs.

Ele classificou como positiva a evolução do Brasil na definição da S&P, mas ponderou que viu a decisão como “inesperada”, dado que o novo arcabouço fiscal ainda não foi aprovado – o texto passou apenas pela Câmara.

“Além disso, houve nos últimos meses uma clara deterioração das políticas microeconômicas e do ambiente regulatório”, disse.

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Haddad comemora

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a melhora da perspectiva de rating do Brasil representa “um passo importante”.

“Tem muito trabalho a ser feito, esse é só o começo, mas penso que, se mantivermos o ritmo de trabalho, vamos conseguir atingir nossos objetivos”, disse.

Com a S&P, o Ibovespa acelerou a alta hoje e renovou máxima da sessão na última meia-hora de pregão, fechando em dia de decisão de juros nos Estados Unidos acima dos 119 mil pontos pela primeira em quase oito meses.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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