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O que leva a BR Properties (BRPR3) ter pregão movimentado e a subir 3%?

16 jan 2023, 13:39 - atualizado em 16 jan 2023, 13:39
BR Properties
Ações da BR Properties operam em alta com investidores reagindo bem à proposta que a empresa recebeu (Imagem: BR Properties/Divulgação)

As ações da BR Properties (BRPR3) operam em alta acima de 3% nesta segunda-feira (16), com forte volume de negócios, após a GP Investments comunicar no fim de semana que pretende fazer uma oferta pública de ações voluntária (OPA), em acordo com a THB, para comprar 100% do capital da empresa de investimentos em imóveis por R$ 1,60 por papel.

Em comunicado ao mercado, a GP Investimentos diz que o lançamento da OPA está condicionado à aprovação da redução de capital de R$ 2,5 bilhões a ser avaliado em assembleia geral extraordinária (AGE) marcada para 24 de janeiro. “O preço da oferta já leva em consideração o impacto da referida redução de capital, e é anterior ao grupamento de ações que será deliberado na mesma assembleia”, disse a GP.

A proposta de compra da BR Properties

Segundo os analistas Ágora Investimentos, a oferta soma R$ 743 milhões e sugere que pode haver espaço para aumento do valor proposto. “Embora a oferta tenha ocorrido antes do que esperávamos, esse anúncio não pode ser considerado uma surpresa após a cadeia de eventos do ano passado. A BR Properties está em um processo de quase liquidação desde maio”, comentam.

Os analistas de real estate do Itaú BBA, Alejandro Fuchs, André Dibe, Bruna Breunig e Daniel Gasparete, lembram que a BRPR3 anunciou em maio a venda de 11 ativos por R$ 5,9 bilhões. Com isso, a empresa distribuiu R$ 2,42 por ação em meio à redução de capital anunciada outubro.

“No início deste mês, a BR Properties convocou a acionistas para votarem uma segunda redução de capital que seria dividida em caixa e cotas de fundos imobiliários. Até anunciou que recebeu essa proposta da GP Investments”, dizem os analistas.

Ações ‘sem classificação’

A equipe do Itaú BBA estima que as ações da BR Properties, colocadas pela casa como “sem classificação”, têm potencial de valorização de 7% em relação aos preços atuais. “Acreditamos que as ações provavelmente não continuarão sendo negociadas nos fundamentos”, avaliam.
Os analistas da Ágora reforçam que a compra e venda das ações ordinárias da BR Properties deve respeitar a aprovação pelos acionistas da companhia de termos como a saída da empresa do Novo Mercado da B3, apesar de não ser condição precedente para a oferta, mas que pode alterar o valor máximo a ser adquirido.
Além da redução de capital, com o pagamento de R$ 1,27 bilhão em dinheiro e uma segunda parcela a ser paga em ações do recém-criado fundo imobiliário BR Properties Corporate Offices (BROF11).
*Com Reuters

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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