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O valor de cinco Petrobras (PETR4): R$ 2,6 trilhões em Bitcoins estão ‘perdidos’

21 mar 2024, 15:26 - atualizado em 21 mar 2024, 15:26
bitcoins perdidos
Uma única pessoa perdeu R$ 2,3 milhões após perder o acesso ao ativo. (Imagem: Arturmarciniecphotos)

Cerca de 7,8 milhões de unidade de Bitcoins (BTC) estão ‘perdidos’, segundo levantamento de março da Glassnode. Isso representa, com a cotação atual da criptomoeda de R$ 330,5 mil, aproximadamente R$ 2,6 trilhões. Para se ter uma noção, esse montante equivale a cinco vezes o valor de mercado da Petrobras (PETR4).

A pesquisa da plataforma de inteligência e dados blockchain considera perdidas aquelas unidades que não estão sendo movimentadas há pelo menos cinco anos, o que não quer dizer que não tem como recuperar. Existem casos tanto de pessoas que, de fato, perderam seus acessos, como também aquelas que nunca movimentaram sua carteira.

De acordo o analista do Mercado Bitcoin, Rony Szuster, o que acontece é que as criptomoedas, que são compradas diretamente nas carteiras de cripto, possuem uma chave pública associada a uma chave privada que só quem tem acesso é o dono do ativo. Caso o proprietário perca a chave, ele perde o acesso àquela carteira.

Segundo os casos reais apurados pela Coingape, as perdas de muitos desses investidores aconteceram no início desse mercado, em meados de 2009 a 2011. Um dos relatos apontam para uma perda substancial de cerca de R$ 2,3 milhões, na cotação atual.

“Stefan Thomas, um desenvolvedor de software descobriu que sua antiga carteira Bitcoin de mais de 7.000 BTC. Stefan comprou o Bitcoin retido em 2011, quando um BTC valia menos de US$ 20”, relatou o site.

É possível recuperar os bitcoins perdidos?

A maioria das moedas perdidas até hoje são de fato irrecuperáveis justamente por conta do sistema de segurança do Bitcoin que não permite acesso sem os códigos de segurança.

No entanto, estima-se que cerca de 20% dos ativos perdidos possam ser recuperados, o que corresponde, segundo o Coingape, até US$ 6 bilhões.

Para não acontecer esse tipo de coisa com futuros investidores, Szuster aconselha que se faça um backup da sua chave de acesso e a proteja em um lugar seguro, criptografando, se necessário.

Já aos que fazem a custódia por terceiros, o analista diz que é necessário ter uma confiança muito grande no intermediador para que ele tenha boas práticas e, por isso, não se deve investir em criptomoedas sem antes conhecer a procedência do local escolhido.

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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