BusinessTimes

Oi: queima de caixa volta a acelerar e soma R$ 774 milhões em abril

17 jun 2020, 13:31 - atualizado em 17 jun 2020, 13:31
Oi OIBR3
Pressão de custos: maior parte dos desembolsos foi para manter as operações (Imagem: Money Times)

Depois de um refresco em março, a queima de caixa da Oi (OIBR3) voltou a acelerar em abril e alcançou R$ 774 milhões. É o segundo pior resultado do ano, atrás apenas do R$ 1,025 bilhão registrado em fevereiro. No acumulado do ano, a operadora já torrou R$ 2,5 bilhões do caixa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo o relatório do administrador judicial do processo de recuperação da companhia, o escritório de advocacia Arnoldo Wald, o resultado de abril decorre do recebimento de R$ 1,994 bilhão e do desembolso de R$ 2,768 bilhões.

O problema é que os investimentos realizados nesse mês, R$ 660 milhões, representam a menor parcela dos gastos. As despesas operacionais consumiram a maior parte dos recursos, R$ 1,489 bilhão. Com isso, a Oi fechou abril com R$ 4,859 bilhões em caixa, um saldo 13,3% inferior ao de março.

A situação é ainda mais preocupante, quando se lembra que a companhia já recebeu uma grande injeção de capital no início do ano, decorrente da venda da operadora angolana de telefonia Unitel por US$ 1 bilhão.

Reestruturação

Os próximos grandes cheques só serão recebidos, agora, com a venda das unidades não estratégicas, conforme o plano de reestruturação apresentado ontem (16). A ideia é dividir a companhia em quatro – torres, data center, telefonia móvel e infraestrutura.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As três primeiras seriam vendidas, e a quarta se transformaria na nova Oi, com foco na prestação de serviços de infraestrutura para empresas de telecomunicações e dados.

Nesta quarta-feira, a Oi forneceu novos detalhes. A área de infraestrutura seria agrupada numa Sociedade de Propósito Específico (SPE), cujo controle seria vendido. A companhia avalia que a InfraCo, como é chamada internamente, valha, pelo menos, R$ 25 bilhões.

O novo controlador deverá assumir alguns encargos em nome das empresas do grupo que estão em recuperação judicial, bem como se comprometer com um patamar mínimo de investimentos até 2024.

Veja o relatório do administrador judicial sobre o desempenho da Oi em abril.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Linkedin
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar