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Operadoras de telecomunicações vivem cenário mais positivo para investimentos

13 abr 2021, 17:24 - atualizado em 13 abr 2021, 18:57
TIMS3 Tim
A TIM tem projetos interessantes que podem desbloquear valor, como a venda do controle da FiberCo, sua nova unidade de fibra óptica residencial (Imagem: REUTERS/Stefano Rellandini)

A dinâmica da indústria de telecomunicações mostrou “claras melhorias” – não só do lado regulatório, como também das empresas do setor, afirmou o Safra. A impressão dos analistas após conversarem com a alta administração da Anatel, da TIM (TIMS3) e da Vivo (VIVT3) é de que as operadoras estão inseridas em um ambiente mais benigno para investimentos.

“O panorama para o setor parece estar melhorando”, disseram Luis Azevedo e Silvio Dória, autores do relatório divulgado no domingo. “A implantação da fibra no negócio fixo e do 5G no móvel deve trazer boas oportunidades de investimento para as operadoras de telecomunicações”.

O banco manteve a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para TIM e Vivo, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 19 e R$ 58. Diferente do ano passado, a TIM está bem preparada para operar em um cenário de lockdown e pode entregar bons resultados no primeiro semestre deste ano. No segundo trimestre, principalmente, a operadora deve reportar números fortes.

“A companhia implementou um ajuste de preço para o segmento pós-pago, o que deve ajudar a melhorar os resultados (especialmente no segundo trimestre de 2021, quando a base comparativa é mais baixa)”, afirmaram Azevedo e Dória.

A TIM também tem projetos interessantes que podem desbloquear valor, como a venda do controle da FiberCo, sua nova unidade de fibra óptica residencial. Segundo o Safra, a operação permitirá que a empresa continue expandindo de forma acelerada sua rede de banda larga fixa.

Além disso, a companhia conta com iniciativas em novos negócios que devem totalizar receitas de R$ 100 milhões em 2021 e têm potencial para crescer exponencialmente nos próximos anos. A TIM também está analisando crescentes oportunidades do 5G. A ideia da companhia é criar um fundo para startups do segmento, o que deve levar a novas parcerias estratégicas.

Vivo VIVT3
A Vivo está otimista com as adições líquidas no primeiro trimestre de 2021, visto que adicionou em janeiro aproximadamente 500 mil clientes móveis (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

As expectativas para os resultados da Vivo são igualmente positivas. A empresa está otimista com as adições líquidas no primeiro trimestre de 2021, visto que adicionou em janeiro aproximadamente 500 mil clientes móveis.

“Os recentes lockdowns para controlar a pandemia podem pressionar algumas linhas, como vendas de aparelhos e recargas pré-pagas, mas em menor escala do que no ano anterior”, comentaram Azevedo e Dória.

A companhia deve continuar entregando margem Ebitda acima de 40%. A melhora das margens virá principalmente pelo aumento dos serviços de fibra, que possuem uma contribuição maior no indicador, de aproximadamente 70%.

Assim como a TIM, a Vivo conta com soluções de geração de valor. Segundo o Safra, os acordos celebrados com o grupo global de investimentos Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ) e a TEF Infra, sociedade com sede na Espanha controlada pela Telefónica, para a construção da rede de fibra óptica neutra FiBrasil são “claramente acretivos” para a operadora.

A Vivo ainda ampliou a parceria comercial com a CDF para aumentar sua oferta de serviços de suporte tecnológico para a casa conectada. O Safra defendeu que o acordo é uma excelente oportunidade para a Vivo capturar sinergias com seu novo marketplace.

O banco recentemente divulgou um relatório atualizando a tese de investimento da Vivo. No documento, a instituição deu mais enfoque à incorporação dos ativos móveis da Oi (OIBR3).

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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