Internacional

Otan precisa preencher lacunas militares para estar pronta para conflitos, diz comandante

23 mar 2022, 15:42 - atualizado em 23 mar 2022, 15:42
“Temos uma quantidade incrível de forças, mas nossa falha é que a maioria dessas forças não está pronta para o combate em uma base permanente” disse o comandante da força de reação rápida da Otan (Imagem: REUTERS/Yves Herman)

Os países da Otan precisam compensar os cortes pós-Guerra Fria em equipamentos militares para dar à aliança a capacidade de responder rapidamente a um conflito, disse à Reuters o comandante da força de reação rápida da Otan.

“Temos uma quantidade incrível de forças, mas nossa falha é que a maioria dessas forças não está pronta para o combate em uma base permanente, simplesmente porque não têm todo o equipamento de que precisam”, disse o general Joerg Vollmer.

Ele falou à Reuters durante um exercício da Otan na Noruega no sábado, em meio ao aumento da tensão sobre a guerra na Ucrânia.

Vollmer é comandante do Comando da Força Conjunta Aliada de Brunssum, responsável pelo flanco nordeste da aliança, e também pela Força de Resposta da Otan (NRF). A NRF, com cerca de 40.000 soldados, foi colocada em alerta e parcialmente mobilizada pela primeira vez após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro.

A Rússia descreve sua ação como uma operação militar especial.

“A questão crucial é reconstruir nossas capacidades. Trata-se de números, mas também de restabelecer unidades prontas para o combate e – este é o próximo passo fundamental”, disse Vollmer, referindo-se a um procedimento em que um país membro informa à Otan que tem tropas prontas para serem fornecidas à aliança.

A crise na Ucrânia trouxe uma mudança de paradigma para a Otan longe de missões expedicionárias dos últimos 20 anos, em locais como Afeganistão ou Iraque, segundo Vollmer, que disse que a ameaça que a Europa enfrenta agora da Rússia é de um escopo completamente diferente.

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