Agronegócio

Pandemia e aversão ao risco dificultaram queda de juros do Plano Safra, diz ministra

18 jun 2020, 20:29 - atualizado em 18 jun 2020, 20:29
Tereza Cristina
Ela comentou que os grandes bancos privados não entraram na divisão para a equalização de juros (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Os efeitos do novo coronavírus no Brasil e o movimento de aversão ao risco foram fatores que afetaram a redução dos juros no Plano Safra 2020/21, disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, nesta quinta-feira.

“Este ano esperávamos um Plano Safra que pudéssemos equalizar juros menores, mas veio a pandemia, o que aconteceu, o mercado mundial e o mercado financeiro interno ficaram avessos, com mais aversão ao risco”, disse ela em evento online promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Ela comentou que os grandes bancos privados não entraram na divisão para a equalização de juros, deixando essa responsabilidade basicamente para o Banco do Brasil (BBAS3).

“Para nós, foi uma decepção, o Banco do Brasil ficou sozinho”, destacou.

Em contrapartida, ela afirmou que o volume de 236,3 bilhões de reais em recursos para financiamentos superou suas estimativas, considerando que o caixa do governo, neste momento de crise, “não era muito propício a fazer um Plano Safra maior”.

“O plano, dentro desse novo normal, ficou razoável, não é o que a gente gostaria, mas ficou razoável”, afirmou ela.

Na véspera, o governo brasileiro anunciou recursos recordes para financiamentos pelo Plano Safra 2020/21, alta de 6,1% em relação ao montante da temporada passada, enquanto os juros recuaram, mas não no patamar que esperava o setor agropecuário.

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