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Pão de Açúcar pavimenta caminho de liderança enquanto ESG do Carrefour ainda preocupa

22 dez 2020, 21:37 - atualizado em 29 dez 2020, 21:26
Carrefour
O Carrefour ainda sofre com a desconfiança do mercado devido o caso do assassinato de João Alberto Silveira Freitas  (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O Inter Research iniciou a cobertura das ações das varejistas Carrefour (CRFB3) e Pão de Açúcar (PCAR3) com recomendações diferentes.

Enquanto a primeira ainda sofre com a desconfiança do mercado devido o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, a segunda foca em pavimentar a liderança no mercado.

Para o Inter, o varejo alimentar é resiliente por se tratar de consumo essencial, enquanto o varejo de eletroeletrônicos continuará sendo impulsionado pelas classes A e B, considerados clientes com ticket médio maiores e que geram mais margem.

“A categoria vestuário deve ser a de melhor performance para o próximo ano, por ser sucesso entre todas as classes e pela retomada da rotina no escritório e social”, afirmaram os analistas Breno Francis de Paula e Athos Nolasco Mendes Silva.

Pão de Açúcar

Maior grupo de varejo alimentar da América do Sul, dona de 16 marcas de bandeiras distribuídas entre Brasil, Colômbia, Uruguai e Argentina, o Pão de Açúcar tem 1.708 lojas, sendo 1.070 no Brasil e 638 no exterior.

Segundo a dupla, a varejista conta com uma grande diversificação de receita entre seus diferentes negócios.

Além disso, de acordo com eles, a companhia também vem apresentando avanços em suas estratégias de omnicanalidade e nas entregas, que junto com sua extensa rede de lojas pode impulsionar os resultados do Pão de Açúcar nos próximos anos.

Em relação a cisão da Sendas, que controla a rede Assaí, eles afirmam que a operação provocará melhores resultados para ambas as marcas no futuro.

“Em nossa visão, o Pão de Açúcar está se preparando para atender a novas tendências do mercado. Marcas fortes e a capilaridade da empresa são vantagens que a colocam em posição de liderança no mercado”, afirmam.

A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 98, o que implica potencial de valorização de 33%.

E-commerce Internet Computador Tecnologia
Segundo os analistas, o e-commerce pode ser mais uma importante avenida de crescimento para os próximos anos (Imagem: Unsplash/@johnschno)

Carrefour

O Carrefour opera em 699 lojas e está presente em mais de 150 cidades, em todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Em 2019, o grupo faturou R$ 60 bilhões.

Em 2016, a empresa entrou no mundo digital com a criação do e-commerce não alimentar no seu site. Desde então, implementou um marketplace e, posteriormente, o e-commerce de varejo alimentar, mas ainda disponível somente na cidade de São Paulo.

Segundo os analistas, o e-commerce pode ser mais uma importante avenida de crescimento para os próximos anos, principalmente no e-commerce alimentar, que é um mercado ainda incipiente, com grande potencial de crescimento e baixa competição.

“Entendemos que o Carrefour tem duas vantagens competitivas muito importantes no setor: preço e capilaridade. Por ser de fácil acesso a milhões de brasileiros e ter os melhores preço, a empresa consegue gerar bons resultados em um setor competitivo”, afirmaram.

Apesar de ter o preço-alvo em R$ 23, potencial de valorização de 16%, o Inter manteve a recomendação neutra devido os riscos ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) que a varejista carrega.

“Em nossa visão, apesar do upside, entendemos que os acontecimentos recentes podem trazer um risco para a posição. Estamos monitorando as providências tomadas pela administração da empresa para evitar reincidência nesses casos”, argumentaram.

Dificuldades para a abertura de novas lojas também pode frear o crescimento da empresa, alertam.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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