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Para Anatel, edital do 5G teve valor econômico compatível com o de outros países

05 nov 2021, 14:37 - atualizado em 05 nov 2021, 14:51
Para o presidente, ágio é apenas um dos itens a serem considerados ao julgar o sucesso de um leilão (Imagem: Pixabay/ADMC)

O presidente da Comissão Especial de Licitações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Abraão Balbino e Silva, disse que o resultado final do leilão 5G mostra que a modelagem elaborada pelo órgão regulador foi bem sucedida e suficiente para atrair o setor e, inclusive, novos agentes. Segundo ele, as faixas não estavam “baratas” comparativamente a outros países.

“O preço do leilão é feito analisando uma cotação internacional. Do ponto de vista da cotação internacional, nosso preço está condizente com os demais países. No caso de 3,5 GHz até um pouco mais caro que a média dos países”, afirmou Balbino e Silva.

A faixa de 3,5 GHz, a principal para o 5G, gerou arrecadação de R$ 1,35 bilhão e R$ 25,5 bilhões em investimentos, um ágio de 12%, menor que a média de ágio do leilão em relação ao preço mínimo, de 218%.

Para ele, ágio é apenas um dos itens a serem considerados ao julgar o sucesso de um leilão, e tanto os compromissos de investimento quanto a entrada de novas empresas também devem ser destacados.

Balbino e Silva disse ainda que o 5G começa sem amarras no País, já que as três maiores operadoras terão 100 MHz de espectro cada uma na faixa de 3,5 GHz. Ao todo, a faixa brasileira somava 400 MHz, enquanto nos EUA, por exemplo, foram leiloados 280 MHz. “Quanto maior o espectro, mais otimizados podem ser os investimentos”, comentou.

Escolas públicas

O presidente da Comissão Especial de Licitações da Anatel afirmou também que a compra dos lotes da faixa de 26 GHz renderá R$ 3,1 bilhões para a conectividade de escolas públicas em todo o País. Segundo ele, o valor arrecadado superou as expectativas da Anatel e será suficiente para conectar todas as escolas do País.

Nesta faixa, as empresas deverão atender com 5G redes empresariais em setores como o da indústria, mineração, logística e agronegócio. As empresas que arremataram o lote têm como compromisso a implementação de projetos de conectividade nas escolas.

Balbino e Silva afirmou que a forma como essa política pública será cumprida ainda será regulamentada pelo Ministério das Comunicações.

Segundo ele, nem mesmo com a ausência de lances para alguns blocos dessa faixa vai comprometer a conexão das escolas. Caso todas tivessem sido compradas, o valor correspondente aos compromissos com a educação chegaria a até R$ 7 bilhões.

“A maior das obrigações estabelecidas para o leilão são as escolas, porque temos garantido R$ 3,1 bilhões que estarão à disposição do governo para o atendimento. Acredito que o valor será mais do que suficiente para levar banda larga para todas as escolas do País”, afirmou.

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