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Para BTG Pactual, Light vale 36% menos, após balanço bom, mas não o bastante

08 maio 2020, 17:56 - atualizado em 08 maio 2020, 17:57
Funcionário da Light LIGT3
Expectativa em baixa: BTG Pactual esperava esforço maior da Light para conter perdas de energia (Imagem: Facebook/Divulgação/Light)

O BTG Pactual (BPAC11) cortou o preço-alvo para as ações da Light (LIGT3) de R$ 22 para R$ 14. O novo valor representa uma redução de 36% sobre o anterior, mas, ainda assim, representa um potencial de valorização de aproximadamente 40% para o papel.

A recomendação continua neutra, e veio em resposta à divulgação do balanço do primeiro trimestre da concessionária de energia do Rio de Janeiro.

João Pimentel e Filipe Andrade, que assinam o relatório do BTG Pactual, afirmam que os resultados foram bons, mas não o suficiente, e (eis o pior de tudo) vieram num mau momento, quando o Brasil se prepara para uma recessão causada pelo coronavírus.

Os analistas acrescentam que há pouca visibilidade, por ora, sobre como a Covid-19 vai impactar os negócios da Light. Entre os principais fatores que ajudaram a reduzir o preço-alvo da concessionária, estão os “resultados mais fracos no braço de geração de energia”.

Perdas maiores

A dupla também cita o aumento do custo de capital dos acionistas (Ke), que indica a remuneração exigida por um investidor para aplicar seu dinheiro na companhia.

O Ke subiu 100 pontos-base, no modelo do BTG Pactual, chegando agora a 8% para o negócio de distribuição de energia e 7,5% para a geração.

O elemento considerado mais importante pelos analistas é a curva de perda de energia. Inicialmente, o BTG Pactual estimava uma queda de 30 pontos-base por trimestre durante 2020. Agora, a projeção é de 20 pontos, ou seja, a Light deve desperdiçar mais energia do que imaginado.

As ações da Light fecharam o pregão desta sexta-feira (8) com alta de 0,20%, cotadas a R$ 10,25. O Ibovespa, principal índice da B3, registrou alta de 2,98%, encerrando o dia em 80.448 pontos.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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