Câmbio

Para competir com bancões, Frente Corretora habilita saques em euro e dólar em caixas eletrônicos

19 abr 2021, 17:59 - atualizado em 19 abr 2021, 17:59
ATM
A nova solução da Frente Corretora deve cobrir todo o país, totalizando 300 ATMs habilitados para saques de moedas estrangeiras (Imagem: Unsplash/@jakeallenmedia)

A Frente Corretora lançou no início do ano um novo serviço aos seus clientes e parceiros que une comodidade com acessibilidade. Por meio de um acordo com a rede ATM Brasil, a empresa de câmbio habilitou a função de saque de moedas estrangeiras, como euro e dólar, em caixas eletrônicos localizados estrategicamente em shopping centers e aeroportos.

Segundo Ricardo Baraçal, sócio da Frente Corretora, o ATM é um complemento do que a empresa busca para uma solução eficiente ao cliente independente. É um serviço que chegou não apenas para facilitar as liquidações, mas também para barateá-las.

“A gente sabe que as taxas são muito altas nos bancões. E temos o objetivo de democratizar esse modelo. A gente quer dar acesso a pessoas que queiram comprar moeda estrangeira e que não sejam clientes do Itaú [ITUB4], do Bradesco [BBDC4] ou do Banco do Brasil [BBAS3]”, afirmou Baraçal para o Money Times.

O Itaú, inclusive, lançou na sexta-feira a opção de retirada de moedas estrangeiras em terminais da rede Banco24Horas. Os caixas com o serviço, disponível para clientes do Itaú Personnalité, estão localizados em shoppings da capital paulista. Outros dois shoppings na cidade devem receber o equipamento nas próximas semanas.

O saque de moedas estrangeiras em ATMs também foi desenvolvido com a finalidade de mitigar alguns problemas. O sócio destacou que a modalidade de delivery da moeda cresceu no Brasil nos últimos anos, muito por conta da comodidade, mas possui dificuldades de aplicação nos grandes centros devido à demora da entrega e aos índices elevados de roubo.

“Por mais que o cliente tenha que se deslocar até um ATM, a gente sabe que é muito mais seguro ele sacar moeda estrangeira no shopping center”, afirmou.

Um passo à frente

O cenário para o setor de turismo se encontra atualmente nublado. Com o agravamento da pandemia de Covid-19, o que levou a restrições de deslocamento, poucas pessoas estão viajando para o exterior. Mas, em vez de olhar para a situação como um potencial risco para a nova solução, Baraçal chamou atenção para as oportunidades futuras do mercado.

Ricardo Baraçal
Ricardo Baraçal, sócio da Frente Corretora (Imagem: Divulgação/ Frente Corretora)

“A gente espera uma retomada muito forte, principalmente no último trimestre de 2021”, disse. “A nossa percepção é de que, de fato, esse produto vai ter uma adesão muito grande, justamente pela dificuldade de uma pós-retomada do mercado, até porque, quando a gente olha para as lojas de câmbio situadas em shopping centers em grandes centros, muitas delas fecharam”.

Em relação à crescente digitalização do setor financeiro, Baraçal afirmou que a Frente Corretora ainda tem um público seletivo, formado principalmente por pessoas mais velhas, que gosta do papel-moeda, o que cria uma demanda muito grande pela solução.

Atualmente, o projeto está em fase piloto. São quatro ATMs em funcionamento espalhados em aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro. Clientes da corretora e de seus parceiros e correspondentes cambiais, ao adquirirem dólar ou euro pela plataforma digital Simple, poderão escolher retirar a moeda na rede de caixas eletrônicos, sem qualquer custo adicional.

A expectativa é de que o serviço seja expandido gradualmente. O próximo passo é instalar a solução em algumas capitais das regiões Sul e Nordeste. A operação deve crescer ao longo de 2021 e, mais para frente, cobrir todo o país, totalizando 300 ATMs habilitados.

A Frente Corretora também tem planos de internacionalizar esses ATMs, transformando-os em pontos de liquidação para brasileiros fora do Brasil que queiram, por exemplo, transformar as suas moedas estrangeiras em reais.

“O nosso plano é que, uma vez retomando as atividades, a gente tenha o maior ponto de liquidação do Brasil em moeda estrangeira”, comentou Baraçal.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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