Economia

Para secretário, há “visão falsa” no país do custo de oportunidade entre vida e economia

14 maio 2020, 16:24 - atualizado em 14 maio 2020, 16:24
Trabalho
Na live desta quinta, Sachsida reiterou que os cálculos da equipe econômica para o PIB baseiam-se na estimativa de que os atuais níveis de distanciamento social irão se manter até a data de 31 de maio (Imagem: Pixabay)

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou nesta quinta-feira que há uma “visão falsa” no país em relação ao custo de oportunidade entre optar-se pela vida ou pela economia na atual conjuntura de propagação do coronavírus.

“Todos nós queremos salvar vidas. Agora, se a economia parar por completo, você vai ter problemas, por exemplo, de mortalidade infantil”, destacou Sachsida, em live ao Poder360, mencionando a situação de comunidades pobres do país.

De acordo com ele, a sociedade como um todo deve levar em consideração os custos envolvidos com a atual situação, além da experiência de outros países que também vivenciaram situações de paralisações e estão, agora, reabrindo os setores econômicos.

CUSTO SEMANAL

Ao abordar os custos para o país de uma paralisação expressiva da cadeia produtiva doméstica, Sachsida afirmou que cada semana paralisada corresponde à perda de 0,3 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB).

Na quarta-feira, o ministério revisou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano, para uma contração de 4,7%, ante avanço de 0,02% sinalizado em março, e afirmou que cada semana de economia parada gera uma perda de 20 bilhões de reais ao país.

Na live desta quinta, Sachsida reiterou que os cálculos da equipe econômica para o PIB baseiam-se na estimativa de que os atuais níveis de distanciamento social irão se manter até a data de 31 de maio.

“Se passar 31 de maio e políticas de distanciamento social aumentarem, aí o custo, em termos de Produto, aumenta (…) se ficar mais duas semanas paradas, vamos sair de uma queda de -4,7% para uma queda de -5,3%. Se ficar mais um mês parado, vamos ir para uma queda de -6% do PIB”, completou o secretário.

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