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Pátria compra fundos imobiliários da CSHG: O que muda para os cotistas?

07 dez 2023, 12:39 - atualizado em 07 dez 2023, 12:41
Patria Investimentos
Pátria confirma a compra da divisão de fundos imobiliários do Credit Suisse por mais de meio bilhão de reais; e os cotistas? (Imagem: Linkedin/Patria)

Credit Suisse confirmou ontem (06) à noite que vendeu o seu portfólio de fundos imobiliários para o Pátria Investimentos, em operação de até R$ 650 milhões (ou US$ 130 milhões).

Em fato relevante divulgado pelos seus oito FIIs, a corretora Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG) disse que assinou contrato vinculante com o Pátria nesta quarta-feira. A operação envolve também a migração de todos os profissionais da área de FIIs para a gestora.

E agora, o que os cotistas de CSHG Real Estate (HGRE11), CSHG Logística (HGLG11), CSHG Renda Urbana (HGRU11), CSHG Prime Offices (HGPO11), CSHG Recebíveis (HGCR11), CSHG Imobiliário FoF (HGFF11), CSHG Residencial (HGRS11) e Castello Branco Office Park (CBOP11) devem fazer?

Como ficam os cotistas dos FIIs do Credit Suisse?

O analista de real estate da Empiricus Research, Caio Nabuco de Araujo, comenta que, a princípio, a gestão da CSHG ficará segregada das outras áreas de FIIs do Pátria, que incluem os próprios fundos imobiliários da gestora e da VBI Real Estate, adquirida pela gestora em meados de 2022.

“Com isso, no longo prazo, é esperada uma reorganização interna na alocação dos fundos”, diz Araujo.

A equipe do banco Goldman Sachs, chama a atenção para o valor acordado, sendo inferior ao divulgado pela imprensa no fim da semana passada, de US$ 160 milhões.

“Apesar de não mencionar se a transação seria financiada em dinheiro ou ações, a CSHG afirma que haverá um pagamento inicial de R$ 300 milhões após as aprovações regulatórias. E de até R$ 350 milhões adicionais  condicionado à transferência bem-sucedida dos fundos de investimento da corretora”, explicam os analistas do Goldman.

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Araujo, da Empiricus, acrescenta que com o negócio, o Pátria se consolida como uma das maiores gestoras e administradoras de fundos imobiliários da indústria, com quase R$ 20 bilhões de ativos sob gestão.

“Vale lembrar que o processo ainda não foi encerrado, tendo em vista a necessidade de aprovação dos fundos em assembleia por quórum qualificado. Diante da pulverização da base dos fundos, esperamos que o processo dure alguns meses”, reforça.

Apesar de operarem com movimento lateral, o analista da Empiricus vê uma possível volatilidade nas cotas em função da operação. Contudo, ele acredita que os FIIs estão sendo negociados a preços convidativos, os quais já incorporam parte dos riscos do negócio, especialmente as estratégias de tijolos.

Índice de fundos imobiliários (Ifix)

O índice de fundos imobiliários (Ifix) B3 oscila sem direção única no pregão desta quinta-feira (07), mas segue perto do patamar de 3.200 pontos, perdido há dois meses.

Por volta das 12h35 (de Brasília), o Ifix tinha ligeira queda de 0,03%, aos 3.190 pontos.



Entre os mais de 100 fundos listados, o Plural Recebíveis (PLCR11) tinha a maior alta no horário acima, de 2,1%.

Em contrapartida, o fundo imobiliário Mauá Capital Hedge Fund (MCHF11) registrava a maior queda, de 1,8%. O FII é um dos 19 listados no Ifix que a cota custa menos de R$ 10.

*As cotações citadas são do site Investing.com

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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