Colunista Vitreo

Pé na estrada: começando a jornada por 2022

03 jan 2022, 10:27 - atualizado em 03 jan 2022, 14:55
Uma corrida fácil? Não espere por isso em 2022… / Sem Destino (1969)

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Bom dia, pessoal!

Começamos o ano com os mercados asiáticos ainda calmos diante da liquidez ainda limitada, fenômeno que deverá nos acompanhar por pelo menos mais uma semana.

Em meio às incertezas ao redor do mundo, a volatilidade promete estar sempre presente ao longo de 2022, paralelamente à continuidade da pandemia e aos reflexos do aperto monetário ao redor do mundo, em especial nos EUA.

Por falar nisso, a primeira semana do ano guarda consigo a ata da última reunião do Fed, marcada para ser apresentada na quarta-feira (5).

Ao menos os mercados europeus, sem a presença da Bolsa inglesa, conseguem sustentar o otimismo nesta manhã.

Os próximos dias também serão importantes para o mercado de petróleo, com importante reunião da Opep+ esperada.

A ver…

Quem tem medo do ano eleitoral?

O governo Bolsonaro completou três anos e, com isso, chegamos a mais um ano eleitoral, tema que deverá dominar as manchetes brasileiras e o humor dos investidores locais, apesar da antecipação do debate ao longo dos últimos meses.

O excesso de ruído, somado ao aperto monetário nos EUA, trará complicações para o câmbio, que definitivamente não terá um 2022 tranquilo.

Além disso, a agenda fiscal segue no radar.

Apesar de termos encerrado o ano passado com a aprovação pelo Congresso do Orçamento para 2022, ainda restam em aberto as discussões sobre o reajuste para as demais classes que protestaram pelo fato de não terem sido agraciadas com o mesmo movimento dado aos policiais.

Definitivamente, o futuro fiscal do país será um dos temas quentes não só do início do ano, mas de todo o processo eleitoral.

Lembrem-se, ainda estamos tecnicamente no rali de Natal

Os futuros americanos sobem nesta manhã, com o Dow Jones ganhando mais de 100 pontos no primeiro dia de negociação de 2022.

Vale lembrar que, nos EUA, as ações caíram no último pregão de 2021. Ainda assim, o ano passado viu o S&P 500 disparar 26,9%, superando a alta de 21,4% do Nasdaq e de 18,7% do Dow.

Não faltam, entretanto, preocupações para o início do ano, a começar com o aumento de casos de Covid-19 impulsionado pela rápida disseminação da variante ômicron e a possibilidade de múltiplos aumentos das taxas de juros pelo Fed (esperam-se, hoje, três aumentos).

Por enquanto, o impacto da ômicron pela ótica da oferta é provavelmente mais administrável; afinal, trabalhar de casa está mais do que estabelecido e parte do aumento de oferta do ano passado foi para a construção de estoques de 2022, movimentos que dão resiliência aos elos econômicos.

Logo, por ora, a ômicron tem sido um choque de demanda.

Quão confiáveis são os dados econômicos?

2021 nos chamou a atenção para não confiar cegamente nos dados econômicos e projeções ao redor do mundo.

As constantes revisões de dados e a quantidade exorbitante de projeções equivocadas provocaram um verdadeiro choque nos mercados, derivando os problemas proporcionados pela inédita pandemia.

A qualidade de pesquisa diminuiu, bem como as mudanças estruturais aceleradas pela pandemia só pioraram as coisas.

Em 2022, caso a normalização ocorra, os modelos deverão prever de maneira cada vez mais eficiente os dados econômicos.

Ainda assim, o processo não deverá ser finalizado neste ano.

Como Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus, argumentou em seu último relatório do ano passado: “O mercado é eficiente na maior parte do tempo; quando não é, nós temos imensa dificuldade para entender o que está acontecendo”.

Anote aí!

A semana é agitada para o começo do ano, com destaque para a ata de política monetária e os dados de emprego nos EUA.

Para começar a semana, porém, teremos índices dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) a serem digeridos na Zona do Euro, em solo americano e no Brasil.

Por aqui, destaque para o primeiro Boletim Focus do ano, bem como para a Balança Comercial semanal para concluirmos dezembro.

Muda o que na minha vida?

2022 pode ser um ano recorde para o petróleo.

Sim, os carros elétricos estão dominando as manchetes, as grandes empresas estão se esforçando para chegar a patamares aceitáveis de emissão de gases de efeito estufa até o final da década e as pessoas estão também individualmente tomando medidas para diminuir as mudanças climáticas.

Ainda assim, o mundo poderá consumir mais petróleo em 2022 do que nunca.

A demanda global de energia se recuperou fortemente em 2021 à medida que as restrições à pandemia diminuíram.

Este não parece, porém, ser o final desta história, uma vez que se espera que a demanda aumente ainda mais em 2022.

A Agência Internacional de Energia, por exemplo, prevê que a demanda global de petróleo aumentará de 97,2 milhões de barris por dia em 2021 para 99,5 milhões de barris por dia em 2022.

Isso corresponderia ao recorde de demanda anterior, antes da pandemia.

Nem mesmo a ômicron deve atrapalhar a recuperação.

Isso porque as novas medidas de contenção postas em prática para deter a disseminação do vírus provavelmente terão um impacto mais discreto na economia em comparação com as ondas anteriores da Covid, principalmente por causa das campanhas de vacinação generalizadas.

Paralelamente, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não alterou a projeção de demanda para 2022 no relatório mensal de dezembro, com a demanda sendo liderada por países como China, Índia e Estados Unidos.

Segundo o cartel, o impacto da nova variante deve ser moderado e de curta duração, à medida que o mundo se torna mais bem equipado para gerenciar a pandemia.

O movimento deve beneficiar sistemicamente os ativos brasileiros, pelo contexto positivo para as commodities, mas poderá ser uma fonte de pressão inflacionária contínua para o Brasil e o mundo.

Respostas monetárias podem, por outro lado, ter um efeito negativo sobre os ativos.

Um abraço,

Equipe Vitreo

CIO e sócio fundador da Vitreo
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
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