Combustíveis

Perdas dos EUA com petróleo, causadas pelo furacão Ida, estão entre as piores em 16 anos

07 set 2021, 17:04 - atualizado em 07 set 2021, 17:04
Petróleo
Rescaldo: cerca de 79% da produção offshore de petróleo dos EUA está suspensa (Imagem: REUTERS/Angus Mordant)

Os estragos causados pelo Furacão Ida à infraestrutura de produção de energia offshore dos Estados Unidos foram os mais dispendiosos desde que furacões sucessivos em 2005 interromperam a produção por meses, de acordo com os últimos dados e registros históricos.

Os ventos de 240 quilômetros por hora do Ida cortaram a maior parte da produção offshore de petróleo e gás por mais de uma semana e danificaram plataformas e instalações de suporte onshore. Cerca de 79% da produção offshore de petróleo permanece fechada e 79 plataformas de produção estão desocupadas desde que a tempestade chegou ao continente no dia 29 de agosto.

Um acúmulo de 17,5 milhões de barris de petróleo foi perdido para o mercado, e os fechamentos devem durar mais algumas semanas. O Ida pode cortar a produção total norte-americana em 20 milhões de barris, para 30 milhões de barris, de acordo com analistas de energia.

Fora de produção

A produção offshore no Golfo do México representa 16% da produção total dos EUA de petróleo, e 5% da produção de gás natural.

“Podem haver volumes que ficarão offline por um tempo considerável”, disse a consultora da Facts Global Energy (FGE) Krista Kuhl. “É muito cedo para dizer.”

As perdas estão reduzindo as exportações norte-americanas em um momento em que os preços do petróleo estão por volta de 70 dólares por barril, por conta de limitações contínuas pelo grupo de países produtores Opep e de expectativas do mercado por demanda.

Cerca de 79% da produção de petróleo do Golfo do México e 78% da produção de gás natural estavam offline na terça-feira, nove dias depois da chegada do Ida à Costa do Golfo, causando prejuízos com ventos e água a plataformas e refinarias, segundo mostram dados do governo.

Os furacões Katrina e Rita em 2005 continuam sendo os mais destrutivos para as instalações de energia da Costa do Golfo. As tempestades seguidas causaram perdas produtivas que se estenderam por meses, removendo cerca de 162 milhões de barris de petróleo por três meses, segundo a FGE.

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