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Pesquisa da BNC: governança de consórcio e o futuro da globalização

28 out 2019, 14:00 - atualizado em 30 maio 2020, 11:54
Moedas digitais são a globalização do dinheiro e empresas estimulam consórcios de blockchain (Imagem: Pixabay)

Nas últimas décadas de globalização, o volume médio de fluxo de transações estrangeiras aumentou de US$ bilhões por dia (em 1973) para US$ 5,3 trilhões (em 2013).

Hoje, as cadeias de fornecimento contabilizam 80% do valor de negociação global. Entretanto, a infraestrutura financeira global não consegue acompanhar a internacionalização de negociações e o que se percebe é a globalização do dinheiro em si com as moedas digitais e stablecoins.

Uma mudança nas políticas de negociação protecionistas dos anos 1930 seria desastrosa para a economia global e as multinacionais estão estabelecendo parâmetros para proteger suas cadeias de fornecimento e influenciar a direção da futura globalização.

Estão sendo criadas alternativas ao sistema multilateral de Bretton Woods e novos modelos de governança multistakeholder estão surgindo (alguns deles em consórcios de blockchain).

Isso ocorre em meio a um ressurgimento nas políticas nacionalistas e uma deterioração da governança e de acordos de livre comércio pós-Segunda Guerra Mundial (Bretton Woods), deixando uma enorme lacuna na governança global (“Mundo G-Zero”).

(Tradução feita a partir da tabela da Brave New Coin)

Essa mudança de poder pode ser notada no poder enfraquecido das Nações Unidas, que está enfrentando uma crise de financiamento por falta de pagamento das nações-membro, e o crescimento de grupos de empresas multistakeholder, como o Fórum Econômico Mundial que está em direção à governança global após assinar um memorando de entendimento com as Nações Unidas este ano.

A Associação Libra, do Facebook, foi a maior tentativa de uma multinacional em recriar o modelo multistakeholder em um consórcio que, se bem-sucedido, poderia se tornar uma “ONG descentralizada”.

Porém, como o blockchain incentiva novas formas de organização descentralizadas e coopetição entre empresas rivais, a “descentralização” também poderia ser utilizada como um véu que as absolve de dívidas tradicionais, já que nenhuma pode ser advertida por consequências de bitcoin ou de outra criptomoeda apermissionada.

libra facebook
Libra foi a maior tentativa de recriar o modelo multistakeholder em um consórcio que, se bem-sucedido, poderia se tornar uma “ONG descentralizada” (Imagem: Money Times)

A segunda parte da pesquisa analisa os modelos de governança dos três consórcios de blockchain mais influentes: Hedera Hashgraph, Libra e R3 Corda.

  • As possíveis motivações para participação de um consórcio;
  • o incentivo do blockchain na criação de novos modelos de governança corporativa;
  • o declínio do multilateralismo e o crescimento dos grupos multistakeholder; e
  • o papel dos ativos tokenizados (security tokens) nas empresas.

Assim como os blockchains e as criptomoedas estão sendo usados para reorganizar as estruturas tradicionais das empresas, também estão trazendo novas formas de governança para corporações enquanto líderes tomam a direção da próxima etapa de globalização e governança global.

É vital que investidores e líderes empresariais entendam a próxima evolução do blockchain.

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