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Petrobras: exportação para a Ásia foi a vacina da estatal contra o coronavírus

22 jul 2020, 10:09 - atualizado em 22 jul 2020, 10:16
P-74 no campo de Búzios no pré-sal da Bacia de Santos
Sete mares: Petrobras compensou queda no Brasil com exportações (Imagem: Petrobras/ André Ribeiro)

Os resultados operacionais do segundo trimestre, divulgados na noite de ontem (21), mostram que a Petrobras (PETR3; PETR4) é mais resistente à pandemia de coronavírus do que parte do mercado supunha. A avaliação é do Credit Suisse, em relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (22) e obtido pelo Money Times.

“A produção total de cerca de 2,8 milhões de barris diários equivalentes de petróleo mostra a resiliência da Petrobras frente ao forte declínio da demanda devido à pandemia de Covid-19”, afirma Regis Cardoso, que assina a análise.

O volume de produção foi 4% inferior ao do primeiro trimestre, mas 6,4% maior que o do segundo trimestre de 2019. O analista observa que as vendas da Petrobras caíram 13% no mercado interno, mas foram parcialmente compensadas pelo aumento de 59% das exportações, puxadas sobretudo pela Ásia.

Cumprindo o script

O Credit Suisse ressalva que isso não significa que a estatal seja totalmente imune à pandemia. As vendas de gasolina caíram 23%; as de querosene de aviação, 82%; e as de diesel, 14%, na comparação com um ano atrás.

“Isto não é uma surpresa, dados os lockdowns e a queda da mobilidade, com os volumes [de vendas] batendo no fundo em abril”, ressalva o analista. “A nota positiva vai para a exportação, que compensou parcialmente as significativas perdas do mercado interno”, completa.

O Credit Suisse manteve a recomendação outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para as ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras (PBR) negociadas na Bolsa de Nova York, com preço-alvo de US$ 15 para os próximos 12 meses, abrindo um potencial de valorização de 63% sobre o fechamento de ontem (21).

Veja o relatório de resultados operacionais da Petrobras.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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