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Petrobras (PETR4) deve ‘morder a língua’ se petróleo seguir em derrocada; etanol teme por clima

05 out 2023, 16:28 - atualizado em 05 out 2023, 16:28
petróleo petrobras
Fortes chuvas entre outubro e dezembro podem reduzir muito o ritmo de moagem de cana, impactando o etanol e combustível derivado do petróleo (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Os preços do petróleo atingiram valores expressivos na semana passada, acima de US$ 94 pelo barril do brent com vencimento para dezembro de 2023.

No entanto, desde o início da semana, os preços derrocaram cerca de 9,4%, com o barril do brent em 84,33 por volta de 15h24 desta quinta-feira (5).

Na terça-feira (3), em função dos patamares mais altos da commodity, o presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, disse que a estatal avaliava um reajuste de preços do diesel e da gasolina antes do fim do ano.

Petrobras deve voltar a atrás?

Para Mauricio Mucuri, analista de açúcar e etanol da consultoria Safras & Mercado, a tendência é que a estatal volte atrás com o seu discurso caso essas quedas ganhem mais força.

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“A Petrobras pode apontar queda para os preços da gasolina e do diesel se os preços ficarem em US$ 80 – US$ 79. Mas vale lembrar que o Centro-Sul, mesmo que a estatal projete um recuo, está com perspectiva de fortes chuvas entre outubro e dezembro, o que vai reduzir muito o ritmo de moagem de cana, reduzindo a oferta de etanol e açúcar, pelo fim antecipado da safra, que é um vetor de alta nos preços”, discorre.

Mesmo que o barril do petróleo fique abaixo de US$ 80 – preço considerado baixo pela Safras – e a Petrobras reduza os preços da gasolina em 5%, os valores do etanol hidratado também recuariam, na visão do analista.

“Precisamos lembrar assim que o real está desvalorizado frente ao dólar, o que neutraliza qualquer ajuste de baixa no preço da gasolina. Se o câmbio estivesse entre R$ 4,80 – R$ 4,90, veríamos uma queda de 10% ao invés de 5% para gasolina”, finaliza.

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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