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Petrobras (PETR4) pode animar seus acionistas com até US$ 7 bi em dividendos extraordinários no curto prazo, diz banco

11 jan 2024, 12:34 - atualizado em 11 jan 2024, 12:34
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Petrobras: Para o ano de 2024, o Goldman Sachs prevê dividendos abaixo dos patamares de 2023, mas ainda atrativos (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

Após dois anos de bonança, os acionistas da Petrobras (PETR3;PETR4) devem ver dividendos significativamente menores de agora em diante, avalia o Goldman Sachs.

Segundo analistas do banco, em 2022-23, o retorno total aos acionistas da companhia chegou a 51%, implicando um dividend yield (rendimento do dividendo) de 54%, e 67% (17% de dividend yield), respectivamente.

Para o ano de 2024, a instituição prevê dividendos abaixo dos patamares de 2023, mas ainda atrativos, dado o potencial de 11-18% de dividend yield (11% implícito pela fórmula de dividendo no modelo do Goldman Sachs mais o potencial para upside (alta) adicional dos 7% em dividendos extraordinários).

“Além de vermos a atual política de remuneração aos acionistas a ~11% de dividend yield para 2024 (o que é ligeiramente maior que a média dos pares globais), enxergamos potencial para dividendos extraordinários (suportado por nosso yield de fluxo de caixa livre esperado para 2024 de ~16% e posição de caixa elevada – ~US$ 17 bilhões em 30 de setembro de 2023″, comentam Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins, em relatório publicado nesta quarta-feira (10).

Segundo o Goldman Sachs, a Petrobras tem a capacidade financeira para um potencial pagamento de até ~US$ 7 bilhões em dividendos extraordinários no curto prazo (em março, possivelmente, com os resultados do quarto trimestre de 2023).

Os US$ 7 bilhões estimados em dividendos extraordinários consideram que a Petrobras deve diminuir sua posição de caixa para o nível mínimo requerido.

Após ano estelar, como ficam as ações?

As ações da Petrobras figuraram entre os destaques positivos de 2023. Enquanto o papel ordinário da petroleira avançou 73,9% no ano, o preferencial apontou salto de 94,3%.

O Goldman Sachs acredita que o espaço para a apreciação das ações em 2024, nos moldes dos níveis de 2023, é limitado.

Primeiro que, um ano atrás, as preocupações do mercado quanto a uma potencial mudança significativa na política de dividendos, alocação de capital e preços de combustíveis eram maiores.

Além disso, após a boa performance em 2023, o desconto P/L (Preço/Lucro) para os pares globais se estreitou, saindo de 57% para cerca de 40%, semelhante à média para os últimos três anos.

Para completar, o time de análise do banco revisou recentemente as estimativas para o petróleo, cortando as projeções do barril de US$ 80-100 para US$ 70-90 em 2024, considerando um déficit “modesto” no mercado.

A recomendação, no entanto, ainda é de compra, com preços-alvo de R$ 45,10 e R$ 31 para as ações ordinárias e preferenciais, respectivamente.

O preço-alvo para o ADR (American Depositary Receipt) PBR é de US$ 18,30.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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