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Petrobras promete alta de 45% na bolsa e mais dividendos – e o mercado “amou”

05 dez 2019, 11:06 - atualizado em 05 dez 2019, 11:14
Com moral: Petrobras seduziu analistas em Nova York (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

No encontro com investidores estrangeiros, promovido nesta quarta-feira (4) em Nova York, a Petrobras (PETR3; PETR4) cumpriu à risca o ritual para encantar o mercado. De um lado, comprometeu-se a elevar seu valor justo na bolsa em 45% nos próximos dois anos.

De outro, dispôs-se a distribuir US$ 34 bilhões em dividendos entre 2020 e 2024, o que daria um dividend yield de, pelo menos, 9% a partir de 2021.

As promessas agradaram bastante, a julgar pelos relatórios divulgados nesta manhã de quinta-feira (5). O BTG Pactual, por exemplo, afirmou que a apresentação foi uma “música para os ouvidos” do mercado. A análise, assinada por Thiago Duarte, Pedro Soares e Daniel Guardiola, afirma, sem meias palavras: “amamos a direção que a companhia tomou.”

O trio afirma, ainda, que divulgará uma revisão das estimativas para a Petrobras em breve. Por ora, o BTG Pactual reforçou sua recomendação de compra dos papéis, com preço-alvo de US$ 17 para as ADRs negociadas em Nova York, o que representa um potencial de alta de 21% em dólar.

No caminho

Mais comedida, a XP Investimentos classificou como “salutares” as ações previstas no plano estratégico da Petrobras para 2020 a 2024. O analista que assina o relatório, Gabriel Fonseca, reafirmou a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 36 para as ações preferenciais (PETR4) e de R$ 35 para as ordinárias (PETR3).

Embora abaixo dos US$ 39 bilhões estimados pela XP, a disposição de distribuir US$ 34 bilhões em dividendos nos próximos até 2024 foi bem-recebida pela instituição, que lembra que o montante representará um dividend yield de 9% a partir de 2021.

Para o banco de investimentos Credit Suisse, a apresentação de ontem mostra que a Petrobras “permanece no caminho correto, com foco na melhoria dos retornos e na redução do custo de capital.” Regis Cardoso, analista que assina o relatório, destaca também a distribuição de dividendos prevista pela estatal.

Após lembrar que a Petrobras pretende realizar, pelo menos, duas distribuições de dividendos por ano, o banco acrescenta: “acreditamos que a distribuição de meio de ano seguirá o pagamento mínimo de 25% determinado pela lei brasileira.”

O banco estima preço-alvo de US$ 21 para as ADRS da empresa negociadas em Nova York.

Os investidores, contudo, não ficaram tão impressionados, quanto os analistas. A alta das ações da estatal era apenas ligeiramente maior que o Ibovespa na manhã de hoje. Por volta das 11h, PETR3 subia 0,48% e era cotada em R$ 31,60; já PETR4 avançava 0,78%, para R$ 29,89. No mesmo instante, o Ibovespa operava em alta de 0,34%, a 110.676 pontos.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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