BusinessTimes

Petróleo: Disparada nos preços impulsiona fortunas de magnatas dos EUA

21 mar 2022, 13:43 - atualizado em 21 mar 2022, 13:43
Petróleo
O preço do barril do petróleo chegou perto dos US$ 140, por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia (Imagem: REUTERS/Regis Duvignau)

Há algumas semanas o petróleo não tem operado dentro da sua normalidade no mercado internacional. Por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, os preços têm apresentado forte volatilidade.

Após ultrapassar os US$ 130 e, sete dias depois, fechar abaixo dos US$ 100, o comportamento do preço da commodity tem se mostrado bastante imprevisível.

Uma cadeia produtiva fortemente dependente do petróleo já está sentindo a alta dos preços. Aqui no Brasil, o impacto mais imediato no bolso do consumidor, por exemplo, foi a alta dos combustíveis.

Após anúncio de reajuste da Petrobras (PETR4), o litro da gasolina comum passou a custar, em média, R$ R$ 7,267. no Brasil.

No entanto, nem todo mundo vai sofrer com a disparada dos preços, e há ainda quem esteja se beneficiando com as fortes altas. Segundo o Business Insider, os magnatas norte-americanos do setor foram os que “se deram bem”.

O site aponta que houve um aumento de aproximadamente 10%, para US$ 239 bilhões, no patrimônio líquido coletivo dos empresários industriais americanos de petróleo e xisto (shale oil) desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro. As informações são da Bloomberg Billionaires Index.

Bilionários do petróleo

Harold Hamm, por exemplo, é o cofundador da empresa “peso-pesado” de petróleo de xisto Continental Resources Inc.. Ele subiu 28 posições no índice de riqueza da Bloomberg, estando agora em 93º lugar. O magnata de 76 anos controla hoje uma fortuna de US$ 18,6 bilhões.

Já Richard Kinder, cofundador da Kinder Morgan Inc., viu seu patrimônio líquido aumentar para US$ 8,5 bilhões.

Enquanto isso, Michael S. Smith, fundador da Freeport LNG, entrou pela primeira vez na lista das 500 pessoas mais ricas do mundo da Bloomberg, graças a um aumento da demanda por gás natural liquefeito. Sua fortuna estimada é de US$ 6,2 bilhões.

A receita das empresas de petróleo e gás já vinha crescendo antes do conflito no leste europeu. Isso porque o alívio das restrições da pandemia da Covid-19, graças à vacinação, aumentou a demanda por petróleo.

A Agência Internacional de Energia divulgou na sexta-feira (18) seu plano de 10 pontos para reduzir a demanda global pela commodity, ao dizer que as medidas poderiam diminuir a demanda em 2,7 milhões de barris por dia em quatro meses.

Segundo a agência, a invasão da Ucrânia deixa o mundo enfrentando sua maior escassez de petróleo em décadas. No dia 8, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou um embargo ao petróleo russo como forma de retaliação à guerra.

O secretário-geral da Opep, Mohammad Sanusi Barkindo, já afirmou, no entanto, que “não há capacidade no mundo” que possa substituir os 7 milhões de barris da commodity que a Rússia produz por dia.

Por volta das 13h30 de hoje, o petróleo Brent subia 6,32%, cotado a US$ 114,75, enquanto o WTI apresentava uma alta de 5,38%, cotado a US$ 110,33.

 

Editora
Jornalista paulistana formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e editora do Money Times. Passou pelas redações da CNN Brasil e TV Globo como produtora, VOCÊ S/A e VOCÊ RH como repórter e Exame.com como redatora estagiária.
Linkedin
Jornalista paulistana formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e editora do Money Times. Passou pelas redações da CNN Brasil e TV Globo como produtora, VOCÊ S/A e VOCÊ RH como repórter e Exame.com como redatora estagiária.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.