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Petróleo cai quase 3% com expectativas de cessar-fogo em Gaza e demanda da China

19 ago 2024, 16:36 - atualizado em 19 ago 2024, 17:29
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O petróleo voltou a subir com dados econômicos dos Estados Unidos. (Imagem: REUTERS/Stringer/Archivo)

Nesta segunda-feira (19), os contratos futuros de petróleo caíram quase 3%, com o barril sendo negociado abaixo de US$ 75, em meio às tratativas de cessar-fogo em Gaza e preocupações com a demanda mais fraca da China.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento para outubro, terminaram o dia com queda de 2,54%, a US$ 77,66 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na semana, o Brent ficou próximo da estabilidade, com baixa de 0,03%.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para setembro caíram 2,97%, a US$ 74,37 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos (EUA). 

O que mexeu com petróleo hoje?

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que Israel aceitou a proposta de paz para encerrar o conflito contra o Hamas na Faixa de Gaza. Ele ainda afirmou que esta pode ser a “última oportunidade” de garantir um acordo que ponha fim aos combates e liberte os reféns mantidos pelo grupo extremista.

As tratativas tinha sido interrompidas na última sexta-feira (16) e ainda não está claro se representantes do Hamas também aceitarão o acordo.

Na semana passada, o primeiro ministro do Catar disse a líderes do Irã para não atacar enquanto as conversas estiverem em andamento, segundo o jornal The Washington Post,. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que um acordo de paz em Gaza “está mais perto do que nunca”.

Na avaliação do Bank of America (BofA), os preços do petróleo devem recuar em 2025, com o fim dos cortes voluntários de oferta da commodity determinado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

Para os analistas do banco, o barril de petróleo Brent pode atingir os US$ 80 no ano que vem. Mas o cenário geopolítico e fatores macroeconômicos podem desencadear pressões altistas.

“As tensões no Oriente Médio podem elevar muito mais os preços se a geopolítica volátil levar a danos à infraestrutura de energia, além de taxas de juros mais baixas nos Estados U nidos, um dólar mais fraco e estímulo da China em direção a 2025”, escreve o estrategista de commodities e derivativos, Francisco Blanch, em relatório.

Na visão dele, “os preços da energia já estão baratos em relação à história, principalmente quando ajustados pela inflação, e o petróleo está barato em comparação a outros combustíveis térmicos”.

*Com informações de CNBC 

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