Mercados

Petróleo zera ganhos do ano com Europa estacionando

06 dez 2022, 16:56 - atualizado em 06 dez 2022, 16:56
Petróleo
Petróleo perde mais de 4% em dia de temor com recessão (Imagem: Divulgação/ Rosneft)

Os mercados de petróleo devolvem nesta terça-feira (6) os ganhos de 2022, repercutindo preocupações com a demanda global pela commodity e a vigência de novas sanções contra a comercialização russa.

Por volta das 15h40, o óleo cru americano e o Brent futuros perdiam, respectivamente, 4,29% e 4,40%.

A queda do dia dos contratos traz o Brent abaixo dos US$ 80/barril e o WTI próximo dos US$ 70/barril. A última vez que esses patamares foram observados foi em dezembro de 2021.

Petróleo sente economias em desaceleração

A perspectiva mais pessimista com o crescimento global em 2023 contaminou o ambiente de negociação da commodity, na esteira da divulgação de indicadores preocupantes sobre a indústria de base da Europa.

O PMI (indicador que afere o ritmo de atividade econômica) do setor de construção do Velho Continente caiu a 43,6 pontos em novembro, consolidando o sétimo mês consecutivo de recuos. A leitura abaixo dos 50 pontos aponta contração da atividade.

O levantamento da S&P Global aponta que quedas mais expressivas ocorreram nas duas economias mais avançadas do bloco europeu, a saber, França e Alemanha.

A leitura negativa do dado europeu converge também com o pior sentimento vindo dos Estados Unidos, após dados do payroll americano sugerirem a insistência de forças inflacionárias oriundas da carga salarial.

A desaceleração das economias do Atlântico já mostram os impactos do aperto das condições monetárias e deixam dúvidas se uma recessão em larga escala não será, em última instância, o preço a ser pago para controlar a inflação.

Preço de derivados cai na China

Os rastros do movimento de desaceleração econômica também podem ser sentidos na China, o maior comprador de petróleo do mundo, que anunciou medidas para estimular a compra e o consumo de derivados.

De acordo com uma agência chinesa de notícias, Xinhua, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China descontará cerca de US$ 62 para cada tonelada vendida de gasolina; o diesel também receberá um corte de cerca de US$ 60. Essa é a segunda vez que o órgão reduz o preço de venda.

O governo central também direcionou as três maiores companhias de petróleo do país a manter constância na produção de petróleo e facilitar o transporte dos derivados na finalidade de garantir estabilidade no suprimento.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.