Economia

PIB da agropecuária brasileira deve crescer 8,8% em 2020 e bater recorde

09 jul 2020, 22:52 - atualizado em 09 jul 2020, 22:52
Soja
Na comparação com as estimativas do mês passado, houve uma alta de 1,8% na projeção — até junho, o VBP era projetado em 703,8 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Gustavo Bonato)

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Brasil deve atingir um recorde de 716,6 bilhões de reais em 2020, alta de 8,8% em relação ao ano anterior, disse o Ministério da Agricultura nesta quinta-feira.

Na comparação com as estimativas do mês passado, houve uma alta de 1,8% na projeção — até junho, o VBP era projetado em 703,8 bilhões de reais.

Segundo a pasta, o valor das lavouras tende a registrar alta de 11,6% no ano, puxado por fortes desempenhos do arroz, soja, milho, café e laranja — soja e milho, inclusive, devem atingir máximas históricas de 173,5 bilhões de reais e 76,1 bilhões de reais, respectivamente.

Com uma safra recorde de grãos, o Brasil tem registrado forte demanda por exportações de soja, especialmente da China. Os embarques da oleaginosa, principal produto de exportação do país, devem ultrapassar a marca de 80 milhões de toneladas no ano, segundo estimativas do governo.

“Além dos resultados favoráveis da safra de grãos deste ano… os preços agrícolas também são um fator importante na garantia dos resultados que vêm sendo observados”, disse em nota o coordenador da pesquisa, José Garcia Gasques.

Os preços das commodities em termos domésticos têm sido impulsionados pelo valor elevado do dólar frente ao real. A divisa norte-americana acumulou alta de mais de 35% em relação à moeda brasileira no primeiro semestre.

O ministério destacou que a pecuária também tem sido beneficiada por boas condições no mercado internacional — o valor bruto do setor deve registrar alta de 3,4% no ano a ano.

O desempenho é puxado por altas de 11,8% na carne bovina e de 5,6% na carne suína. A ampla demanda chinesa se manifestou para ambas as proteínas no primeiro semestre, com o país asiático importando cerca de 150% a mais tanto de carne bovina quanto de carne de porco do Brasil no período, segundo dados de associações da indústria.

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