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Por que Carrefour (CRFB3) dispara até 9% mesmo após 2T23 ‘ruim’?

26 jul 2023, 11:34 - atualizado em 26 jul 2023, 11:43
Carrefour resultados
Ações do Carrefour sobem apoiadas no fato de não terem mais sinais de deterioração nas tendências operacionais subjacentes (Imagem: REUTERS/Eric Gaillard)

As ações do Carrefour (CRFB3) disparavam 8,96%, a R$ 12,52, às 11h00 desta quarta-feira (26), após o balanço do segundo trimestre de 2023 (2T23). Apesar de ruins, os números vieram melhores do que o esperado, dissipando parte dos temores de integração do BIG, avaliam analistas do Santander.

Ruben Couto e a equipe do banco avaliam que o prejuízo de R$ 29 milhões da empresa ficou abaixo da estimativa. A reação positiva das ações no pregão de hoje está atrelada ao fato dos analistas não verem mais sinais de deterioração nas tendências operacionais subjacentes, afirmam.

O Ebitda foi derivado de uma margem estável no Atacadão, mesmo sob ventos contrários na receita, juntamente com uma melhora nos ativos adquiridos. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado caiu 21,7% ano a ano, totalizando R$ 1,34 bilhão.

Já as estimativas do Santander para o Banco Carrefour são pessimistas, mas, embora os números do 2T23 estejam longe de serem bons, eles parecem estar caminhando para a estabilização.

O Santander tem recomendação de outperform — desempenho superior a média do mercado — para CRFB3, com preço-alvo em R$ 20.

Surpresas para o Carrefour

No segmento de cash & carry, a receita do Carrefour superou as estimativa do Santander em 3% no 2T23. O número foi impulsionado, principalmente, pelas contribuições positivas das conversões das lojas BIG e aberturas orgânicas durante o período.

O Ebitda do setor, por sua vez, ficou 16% acima da estimativa do banco, graças à expansão na margem bruta, alcançada por melhores negociações com fornecedores, que compensaram parcialmente as despesas de integração.

No varejo, as vendas em mesmas lojas (SSS) ficaram em 0,3% na comparação anual, ajudadas pela alta de 6,3% nas vendas nas categorias não-alimentícias, que compensaram a deflação de alimentos.

A margem bruta expandiu, suportada por melhores negociações com fornecedores, mas foi compensada pelo processo de integração do BIG, com a margem Ebitda caindo para 2,8%.

O aumento da integração do BIG continua a pressionar a lucratividade do Carrefour. “As receitas ficaram 7% acima da nossa estimativa, graças à contínua aquisição de clientes do BIG, enquanto os níveis de NPL permaneceram sob controle, superando nossa estimativa excessivamente pessimista de Ebitda de R$ 118 milhões contra R$ 210 milhões reportados”, dizem os analistas.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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