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Por que o valor de mercado desta empresa é quase duas vezes o PIB do Brasil?

29 jun 2023, 18:03 - atualizado em 29 jun 2023, 18:03
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Apple quebra recordes de valuation. (Imagem: Unsplash/Laurenz Heymann)

A Apple (AAPL) caminha para ser a primeira empresa da história a valer US$ 3 trilhões, em termos de capitalização de mercado.

Depois de patinar ao longo de 2022, o papel da Big Tech voltou a engatar um lento e constante processo de valorização em 2023, renovando máxima atrás de máxima.

Nesta quinta-feira (29), a ação negociada na Bolsa de Nova York encerrou o pregão sendo cotada a US$ 189,46, uma alta de 0,12% em relação ao fechamento anterior e uma nova máxima histórica.

Considerando a emissão total de ações da empresa, a capitalização de mercado chega a US$ 2,98 trilhões. Isso equivale a cerca de 1,86 vezes o tamanho do Produto Interno Bruto brasileiro.

Não há um fator direto que explique o movimento ascendente da Apple. A expectativa pelo fim do aperto monetário e avanços em inteligência artificial vem sustentando o rali de compra sobre os papéis das principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos.

No ano, as ações da Apple valorizam 46%, neutralizando os 27% de perdas assimiladas em 2022.

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Novo lançamento da Apple não fez preço na ação

Lançado no início do mês, pode-se dizer que o Vision Pro não arrancou suspiros no mercado. O analista sênior da CFRA Research, Angelo Zino, escreveu em nota que a Apple falhou em identificar o motivo do Vision Pro ser um produto ‘must buy’ para o consumidor.

O analista diz também não esperar um efeito de curto-prazo do Vision Pro para a negociação das ações. No ano, a Apple tem uma valorização superior a 35%, seguindo o bom momento das Big Techs na Bolsa americana.

Apesar da ressalva, Zino qualifica o lançamento como promissor, ao entender que as aplicações serão melhor compreendidas com o tempo.

Na mesma toada está o diagnóstico de Gene Munster, gestora do Deepwater Asset Management, que no Twitter comentou: “Eu entendo por que as ações da Apple caíram mais de 2% desde o anúncio. Vision Pro é algo que o investidor precisará usar antes que ele acredite.”

No balanço entre a percepção imediata negativa e a perspectiva promissora do novo produto, que ganhou a pompa de maior lançamento desde o iPhone 14, a Apple parece ter saído no zero a zero.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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