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Preço do óleo de palma deve ter recuo gradual com maior oferta indonésia, diz Fitch

28 mar 2022, 9:30 - atualizado em 28 mar 2022, 9:30
O uso de óleo de semente de girassol constitui 9% da demanda global de óleo vegetal, com a Ucrânia e a Rússia contribuindo com mais de 75% da oferta global (Imagem: REUTERS/Lim Huey Teng)

A Fitch Ratings espera que uma produção mais robusta de óleo de palma bruto da Indonésia neste ano leve a um declínio gradual nos preços, que atingiram recorde de mais de 1.900 dólares por tonelada na Malásia no início de março de 2022.

Os preços spot do óleo de palma da Malásia tiveram uma média de cerca de 1.450 dólares/t até o momento no ano. Isso é significativamente maior do que o nível de cerca de 1.070 dólares/t em 2021 e mais que o dobro do preço médio de dez anos, de aproximadamente 700 dólares/t.

“No entanto, a maior produção de óleo de palma na Indonésia provavelmente contribuirá significativamente para uma maior oferta de óleo vegetal em 2022, e assumimos um preço médio de referência de 1.000 dólares/t em 2022, 700 dólares/t em 2023 e 600 dólares/t depois”, afirmou a Fitch em relatório nesta segunda-feira.

O aumento dos preços de óleos vegetais foi impulsionado ainda pela incerteza sobre o fornecimento de óleo de girassol da Ucrânia e da Rússia, o impacto de uma seca para a soja da América do Sul e por medidas da Indonésia para conter as exportações de óleo de palma.

Uma prolongada guerra entre Rússia e Ucrânia seria um risco importante, já que pode manter os preços elevados em 2022-2023, ponderou a agência.

O uso de óleo de semente de girassol constitui 9% da demanda global de óleo vegetal, com a Ucrânia e a Rússia contribuindo com mais de 75% da oferta global.

Brasil, Argentina e Paraguai, que respondem por mais da metade da oferta mundial de soja, também esperam colheitas menores em 2022 devido ao clima seco induzido pela La Niña.

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