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Preços de grãos devem continuar elevados, o que beneficia SLC, diz BofA

01 abr 2021, 13:12 - atualizado em 01 abr 2021, 14:22
SLC Agricola
Este é um bom momento para a empresa (Imagem: Reuters/Agustin Marcarian)

Analistas do Bank of America veem nas perspectivas de queda nos estoques de grãos nos Estados Unidos, bem como no prognóstico aquém do esperado para o plantio naquele país, um cenário positivo para produtores brasileiros como a SLC Agrícola (SLCE3), mas com risco para empresas de proteínas.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) estimou na véspera os estoques totais de soja naquele país no início de março em 1,56 bilhão de bushels, de 2,25 bilhões um ano antes, enquanto os de milho foram projetados em 7,7 bilhões de bushels.

Além disso, o USDA projetou plantio de soja e milho dos EUA em 2021 abaixo do esperado.

“Isso deve ser favorável à alta dos preços dos grãos e também é um cenário positivo para produtores brasileiros como a SLC, já que o Brasil também pode ganhar participação no comércio internacional de soja“, afirmou a equipe do BofA.

Para os analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares, contudo, os altos preços do milho são um risco a players de proteínas por causa da inflação de preços das matérias-primas da ração animal.

Eles afirmaram, porém, que diversificação, gerenciamento eficaz de custos e elevados preços de proteínas podem ajudar a mitigar o efeito em margens.

Nesse contexto, o BofA reiterou a recomendação de compra das ações da SLC, da JBS (JBSS3), da BRF (BRFS), da Marfrig (MRFG3) e da Minerva (BEEF3).

Simonato e Palhares veem SLC como possível beneficiária da área plantada abaixo do esperado nos EUA, à medida que os preços internacionais do milho e da soja se valorizam, enquanto há um ponto de interrogação sobre a segunda safra de milho no Brasil.

“Este é um bom momento para a empresa, o que deve permitir estabelecer boas coberturas para a sua própria operação e para as operações recentemente adquiridas da Terra Santa“, avaliam.

Ao mesmo tempo, reforçam, os preços internacionais mais altos são um risco para as empresas de proteína, pois a inflação dos alimentos para animais pode ser um desafio para ser repassada aos clientes.

Por volta de 12:45 (horário de Brasília), as ações da SLC subiam 2,6%, enquanto as de BRF caíam 2,6%, de JBS perdiam 0,4%, da Minerva recuavam 0,5% e da Marfrig cediam 0,2%.

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