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Prepara-se: chance de S&P 500 tombar 20% é “cada vez mais provável”, diz Morgan Stanley

20 set 2021, 13:01 - atualizado em 20 set 2021, 13:01
Bolsa de Nova York, Nyse, Wall Street. S&P 500, mercados
Entre estrategistas de Wall Street, o Morgan Stanley é mais pessimista do que a maioria, mas suas opiniões ecoam outros bancos que fizeram previsões de baixa recentemente (Imagem: REUTERS/ Brendan McDermid)

Uma queda de mais de 20% no mercado acionário dos Estados Unidos parece cada vez mais provável, de acordo com estrategistas do Morgan Stanley liderados por Michael Wilson.

Embora ainda seja o pior cenário, o banco disse que evidências começam a apontar para um crescimento mais fraco e queda da confiança dos consumidores.

Em relatório na segunda-feira, estrategistas traçaram duas direções para os mercados dos EUA, que chamaram de “fogo e gelo”. Caso resulte em fogo, a visão mais otimista, o Federal Reserve retiraria o estímulo para evitar o superaquecimento da economia.

“O resultado típico do ‘fogo’ levaria a uma correção modesta e saudável de 10% do S&P 500”, escreveram.

Mas é o cenário do “gelo”, mais pessimista, que ganha força, disseram os estrategistas, traçando um quadro no qual a economia mostra forte desaceleração e os lucros são pressionados.

Na segunda-feira, os mercados globais reagem à crise de dívida da incorporadora imobiliária China Evergrande, que poderia impactar o sistema financeiro mais amplo.

Entre estrategistas de Wall Street, o Morgan Stanley é mais pessimista do que a maioria, mas suas opiniões ecoam outros bancos que fizeram previsões de baixa recentemente. Estrategistas do Goldman Sachs e Citigroup também destacaram a possibilidade de choques negativos encerrarem o período de ganhos do mercado dos EUA.

“Será fogo ou gelo? Não sabemos, mas o cenário do gelo seria pior para os mercados e estamos inclinados nessa direção”, escreveram os estrategistas do Morgan Stanley. “Acreditamos que a transição do meio de ciclo terminará com a correção finalmente atingindo o S&P 500.”

O banco recomendou que investidores optem por ações defensivas e de qualidade como proteção e mantenham alguma exposição a papéis do setor financeiro, que se beneficiarão com o aumento das taxas de juros.

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