Ásia

Presidente do BoJ sinaliza mais afrouxamento se impacto de vírus piorar

17 fev 2020, 8:32 - atualizado em 17 fev 2020, 8:32
Banco Central do Japão BoJ
A economia do Japão – a terceira maior do mundo – encolheu ao ritmo mais rápido em seis anos no trimestre findo em dezembro (Imagem: Reuters/Issei Kato)

O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que o Banco do Japão consideraria um afrouxamento monetário rápido adicional caso o surto de coronavírus ameace significativamente a economia e as tendências de preços do Japão, informou o jornal Sankei nesta segunda-feira.

“Nós precisaríamos considerar medidas de política monetária se (o surto de vírus) afetar significativamente a economia do Japão”, disse Kuroda em uma entrevista ao diário.

Kuroda chamou o surto de coronavírus de “maior incerteza” para a economia doméstica e sinalizou “medidas adicionais de afrouxamento sem hesitação” se os riscos econômicos do vírus aumentarem, afirmou o Sankei.

O vírus matou mais de 1.700 pessoas na China e já afetou a economia chinesa — o maior parceiro comercial do Japão — prejudicando as cadeias de suprimentos de fabricantes de automóveis a smartphones e causando uma queda no número de compradores chineses que visitam o Japão.

A economia do Japão – a terceira maior do mundo – encolheu ao ritmo mais rápido em seis anos no trimestre findo em dezembro, com a demanda doméstica sofrendo com o aumento do imposto sobre vendas, ressaltando a natureza frágil de uma economia que está à beira de uma recessão.

Kuroda minimizou a possibilidade de o crescimento econômico global e japonês em 2020 ter ficado significativamente abaixo do do ano passado, e ecoou as visões de que a produção doméstica da China chegará ao fundo do poço este trimestre e se recuperará a partir de abril.

No entanto, ele disse que muito depende de quando o surto atingirá seu pico, acrescentando que foram necessários seis meses para que o surto de Sars em 2002 e 2003 fosse resolvido.

Muitos participantes do mercado esperam que o Banco do Japão mantenha a política monetária no futuro próximo, impedindo grandes choques econômicos e um aumento no iene acentuado o suficiente para atrapalhar uma economia frágil.

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