Argentina

Primeiro dia de Javier Milei na Argentina tem feriado bancário informal e restrições para compra de dólar

11 dez 2023, 14:19 - atualizado em 11 dez 2023, 14:21
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Milei presidente: Argentina vive restrição para compra de dólar no primeiro dia de mandato (Imagem: Facebook/ Casa Rosada)

O primeiro dia útil de Javier Milei como presidente da Argentina é marcado pela imposição de restrições para operações com o dólar e por um feriado bancário ‘informal”, segundo a imprensa local. A medida foi adotada pelo Banco Central argentino (BCRA), com o objetivo de evitar uma disparada do câmbio e permitir que o novo governo anuncie suas primeiras medidas.

Também se espera para esta segunda-feira (11), a formalização de Santiago Bausili na presidência do BCRA, sucedendo a Miguel Pesce. Bausili, inclusive, participou nesta manhã da primeira reunião ministerial convocada por Milei, e terá a missão de extinguir o BCRA.

Segundo a imprensa local, na prática, o mercado de câmbio do país opera hoje sob o que os argentinos chamam de “regra de conformidade prévia”, que se aplica a todas as operações de compra de dólares. Com isso, o BCRA está aprovando, caso a caso, e segundo uma ordem de prioridade, a compra de moeda americana pelos diversos agentes econômicos.

Javier Milei presidente: Dólar opera em leve queda na Argentina

As restrições estão em vigor tanto para o mercado único, quanto para o livre. O mercado único é utilizado por empresas para transações de importação e exportação, além de operações interbancárias e transferência de recursos em moeda estrangeira.

É no mercado único, também, que o Tesouro argentino e os governos das províncias buscam os dólares necessários para pagar títulos de dívida lançados no exterior. Diferentemente do Brasil, onde apenas o governo federal pode emitir títulos, na Argentina, as províncias (semelhantes aos Estados brasileiros) também podem tomar dívida.

As restrições impostas pelo BCRA mantiveram o dólar sob controle até o início da tarde. Por volta das 13h, segundo o jornal argentino Clarín, o dólar blue (uma das cotações mais usadas no mercado paralelo local) era vendido por 965 pesos.

O valor representava uma queda de 25 pesos sobre os 990 pesos com que fechou cotado na sexta-feira (8), último dia útil do governo de Alberto Fernández. Já o dólar oficial saía por 400 pesos no início desta tarde.

 

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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