Internacional

Projeto de lei sobre dívida dos EUA é aprovada na Câmara com amplo apoio bipartidário

01 jun 2023, 8:14 - atualizado em 01 jun 2023, 8:14
Macro, EUA, Dívida, Câmara
No Senado, os líderes de ambos os partidos disseram que esperam aprovar a legislação antes do fim de semana. Mas um possível atraso nas votações de emendas pode complicar as coisas (Imagem: REUTERS/Julia Nikhinson)

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou o projeto de lei para suspender o teto da dívida de 31,4 trilhões de dólares na quarta-feira, com o apoio da maioria de democratas e republicanos para evitar um calote catastrófico.

A Câmara, controlada pelos republicanos, votou por 314 a 117 para enviar a legislação ao Senado, que deve aprovar a medida e levá-la à mesa do presidente norte-americano, Joe Biden, antes do prazo final de segunda-feira, quando o governo federal deve ficar sem dinheiro para pagar suas contas.

“Este acordo é uma boa notícia para o povo norte-americano e para a economia norte-americana”, disse Biden após a votação. “Peço ao Senado que o aprove o mais rápido possível para que eu possa sancioná-lo.”

  • Entre para o Telegram do Money Times! Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

A medida, um acordo entre Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, atraiu a oposição de 71 republicanos linha dura. Isso normalmente seria suficiente para bloquear a legislação partidária, mas 165 democratas – mais do que os 149 republicanos que votaram a favor – apoiaram a medida e a aprovaram.

Os republicanos controlam a Câmara por uma estreita maioria de 222 a 213.

A legislação suspende — em essência remove temporariamente — o limite de endividamento do governo federal até 1º de janeiro de 2025. O cronograma permite que Biden e o Congresso deixem de lado a questão politicamente arriscada até depois da eleição presidencial de novembro de 2024.

Ela também limitará alguns gastos do governo nos próximos dois anos, acelerará o processo de licenciamento de certos projetos de energia, recuperará fundos não utilizados da Covid-19 e expandirá os requisitos de trabalho para programas de ajuda alimentar para destinatários adicionais.

Os republicanos linha dura queriam cortes de gastos mais profundos e reformas mais rigorosas.

“Na melhor das hipóteses, temos um congelamento de gastos de dois anos cheio de brechas”, disse o deputado Chip Roy, um membro proeminente do House Freedom Caucus.

Os democratas progressistas – que junto com Biden resistiram a negociar o teto da dívida – se opõem ao projeto de lei por alguns motivos, incluindo novos requisitos de trabalho de alguns programas federais contra a pobreza.

“Os republicanos estão nos forçando a decidir quais norte-americanos vulneráveis ​​vão comer ou eles vão nos jogar no calote. É simplesmente errado”, disse o deputado democrata Jim McGovern na quarta-feira.

Na noite de terça-feira, o Escritório de Orçamento do Congresso, apartidário, disse que a legislação resultará em 1,5 trilhão de dólares em economia ao longo de uma década. Isso está abaixo dos 4,8 trilhões em economia que os republicanos almejavam em um projeto de lei que aprovaram na Câmara em abril, e também abaixo dos 3 trilhões em déficit que o orçamento proposto por Biden teria reduzido ao longo desse tempo por meio de novos impostos.

No Senado, os líderes de ambos os partidos disseram que esperam aprovar a legislação antes do fim de semana. Mas um possível atraso nas votações de emendas pode complicar as coisas.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.