Proposta obrigaria divulgação de ativos verdes por bancos da UE

Novas regras para divulgar o impacto das operações na mudança climática estão à espera dos maiores bancos da Europa.

O “Green Asset Ratio (GAR)”, anunciado pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) na segunda-feira, seria uma métrica-chave para mostrar se uma empresa está deslocando o financiamento de combustíveis fósseis para a energia renovável. A proposta enviada à Comissão Europeia se aplicaria a grandes empresas de investimento e bancos, como Deutsche Bank e BNP Paribas.

“Uma simples métrica GAR é absolutamente vital se quisermos entender onde estamos hoje, de uma perspectiva verde, e identificar onde queremos estar”, disse Piers Haben, diretor da EBA.

Se a regra for adotada, cada banco precisará divulgar quanto do total de seus empréstimos e participações acionárias é “verde”, com base nas definições da União Europeia.

Os bancos também precisariam informar a receita de taxas derivada de negócios verdes. Bancos europeus com operações fora da UE precisariam se esforçar ao máximo para dizer o quanto desses negócios está de acordo com os padrões do bloco.

A mudança faz parte de uma iniciativa da UE para cumprir os objetivos do Acordo de Paris para que o aumento da temperatura global se mantenha abaixo de 2 graus Celsius. Reguladores do bloco têm incorporado metas ambientais com padrões para bancos, gestoras de ativos e seguradoras, com o objetivo de direcionar trilhões de euros para uma economia mais verde.