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Quais ações valem a pena comprar ou vender antes dos balanços?

29 jul 2020, 17:34 - atualizado em 29 jul 2020, 17:39
Mercados sobe e desce
O Santander identificou 5 ações que podem chamar a atenção pelo lado positivo e 3 pelo negativo (Imagem: Unsplash/@hvaandres)

A temporada de resultados do segundo trimestre está a todo o vapor no Brasil. Apesar de uma queda generalizada nos lucros ser consenso entre os analistas – e que chega a 40% para as empresas listadas no Ibovespa (IBOV) na comparação anual –, os investidores ainda terão oportunidades para ganhar com surpresas positivas ou negativas.

Os analistas do Santander, Daniel Gewehr, Ricardo Peretti e Leonardo Garcia, preparam uma lista de ações que poderão ter movimentações acentuadas após as publicações dos balanços.

“Embora algumas pequenas tentativas de relaxar o lockdown tenham sido feitas, os impactos negativos das restrições iniciadas em março foram totalmente sentidos pelas empresas no segundo trimestre de 2020”, avaliam.

Eles identificaram 5 ações que podem chamar a atenção pelo lado positivo e 3 pelo negativo.

Submarino B2W
A B2W deve ganhar com o crescimento do número de usuários do e-commerce (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

Otimistas

B2W (BTOW3): Os analistas entendem que a empresa deverá registrar um forte crescimento da receita líquida no trimestre. “Esperamos um crescimento total do GMV de 71% ano a ano, com o mercado crescendo 95% no período, resultando em um avanço de aproximadamente 50% na receita líquida”.

Divulgação: 13 de agosto, após o fechamento.

BTG (BPAC11): O BTG, segundo o Santander, é mais resistente ao aumento das despesas com provisão para devedores duvidosos em relação aos grandes bancos de varejo. O banco possui uma carteira em poucos segmentos e que não estão sendo afetados: grandes empresas e empresas de médio-grande porte. “Portanto, acreditamos que o BTG deve continuar apresentando o segundo trimestre com tendências sólidas nos empréstimos”.

Divulgação: 11 de agosto, após o fechamento.

Rumo (RAIL3): O Santander espera fortes resultados operacionais para a empresa. “Além do crescimento de volume de 14% ano a ano, impulsionado por uma aceleração nas tendências de importações da China, esperamos que os rendimentos ex-combustível melhorem, impulsionando um crescimento de 6% em um Ebitda de 7%”.

Divulgação: 13 de agosto, após o fechamento.

BR Distribuidora (BRDT3): A empresa apresentará um balanço positivo como o resultado de uma combinação de redução de custos e ganhos de importação, que ajudaram a compensar parcialmente as perdas de inventário que persistiram no segundo trimestre de 2020, uma vez que os preços do petróleo caíram no período, opina o Santander.

Divulgação: 11 de agosto, após o fechamento.

Sul América (SULA11): Os menores gastos com procedimentos médicos devem beneficiar fortemente os resultados da seguradora, avalia o Santander. “Vemos um risco de alta da nossa estimativa de uma redução de 470 pontos-base trimestre a trimestre no índice de sinistralidade, em virtude dos dados recentes da ANS mostrando o índice diminuindo de 75% em março para 59% em junho”.

Divulgação: 5 de agosto, após o fechamento.

Hering HGTX3
A receita líquida da Hering pode ter caído 67% no segundo trimestre, avalia o Santander (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Pessimistas

Hering (HGTX3): A pandemia irá afetar fortemente as vendas da Hering, estima o Santander. “Prevemos uma queda de 67% na receita líquida, que, aliada a uma forte desalavancagem operacional das instalações industriais da Hering, pode levar as margens brutas a 24,4% (versus 43% do 2º trimestre de 2019)”.

Divulgação: 13 de agosto, após o fechamento.

Iochpe-Maxion (MYPK3): O Santander estima que a empresa apresente um Ebitda negativo de R$ 58 milhões no período, puxado por um declínio de 60% nas vendas ano a ano.

Divulgação: 5 de agosto, após o fechamento.

Ultrapar (UGPA3): Os analistas avaliam que as operações da Ipiranga foram muito afetadas por perdas contínuas de estoques.

Divulgação: 12 de agosto, após o fechamento.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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