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Na Netflix, analistas não veem próxima temporada otimista para o 2° trimestre

13 jul 2022, 16:26 - atualizado em 13 jul 2022, 16:26

Ações da netflix em queda

Prestes a divulgar o resultado financeiro do segundo trimestre, analistas já enxergam riscos para a  Netflix (NFLX34). Essa visão mais pessimista tende a agravar o desempenho das ações da gigante e pioneira do streaming, que vem amargando quedas bruscas em suas ações.

Apesar da recuperação dos papéis da Netflix neste mês, com valorização de 3,4%, a queda anual acumulada encosta em 70%. Isso antes da divulgação do balanço trimestral, previsto para 19 de julho.

Em  nota emitida aos investidores, o Morgan Stanley rebaixou o preço-alvo da ação de US$ 300, para US$ 200, mantendo uma perspectiva de baixa. Uma das justificativas para a avaliação são as maiores dificuldades do ambiente macroeconômico, o que leva os consumidores a reduzir os gastos com streaming.

Para o Morgan Stanley, as receitas de streaming de filmes e séries podem ficar mais vulneráveis a uma recessão mundial. Com isso,  no cenário mais pessimista, as ações da Netflix podem ir a US$130 e, no cenário mais otimista, podem alcançar US$ 300.

Já o analista do Bank of America, Nat Schindler, manteve a classificação de underperform (abaixo da média) e o preço-alvo de US$ 196 para a Netflix.

Em nota emitida a clientes, o analista do BofA disse que as estimativas são praticamente equivalentes às de Wall Street, em razão da rotatividade sazonal e das pressões recessivas”. Para Schindler, a Netflix deve registrar queda de 2 milhões de assinantes no trimestre, gerando uma receita de US$ 8 bilhões e um lucro por ação (LPA) de US$ 2,65.

Stranger Things pode amortecer tendência de queda

Ao mesmo tempo, o resultado do segundo trimestre pode ser impulsionado pela 4ª temporada da série Stranger Things, que teve uma grande audiência a partir de julho. . 

O Goldman Sachs também não está muito confiante com a plataforma de streaming. O analista Eric Sheridan manteve a recomendação de venda e o preço-alvo de US$ 186 por ação para a Netflix.

As expectativas do analista é ver “adições líquidas em linha ou mais fracas para o segundo trimestre”, devido a um cenário de  demanda moderada, além de tendência declinante nos downloads pelo aplicativo. 

Novas ideias no streaming

Vale lembrar que no trimestre anterior, a Netflix perdeu 200 mil assinantes, e para esse trimestre, estima perder mais 2 milhões de assinantes. 

A queda de novas contas coincide com a concorrência acirrada, em meio a rivais como Disney e HBO, além do fim do isolamento social por causa da pandemia, da inflação elevada em vários países do mundo. 

Essa perspectiva fez a provedora de streaming fazer um esforço para controlar os custos, demitindo funcionários e pensando em novas possibilidades de monetização.

Um das propostas  é oferecer a assinatura por preço mais baixo através de anúncios publicitários, o que ajudaria a  atenuar o problema de compartilhamento de senhas. 

A Netflix também estaria tentando renegociar seus acordos de programação com grandes estúdios de entretenimento.

Mas não é só a Netflix que está nessa

À medida que as contas chegam e a inflação sobe, livrar-se dos pagamentos mensais parece estar nas prioridades dos usuários. Essa postura acaba incentivando o compartilhamento de senhas das provedores de streaming.

Os concorrentes também estão enfrentando o mesmo problema. Com as dúvidas sobre o tamanho potencial do mercado de streaming começando a surgir. Por isso, assim como as ações da Netflix, os papéis dos concorrentes também não estão tendo um desempenho muito melhor. 

A Disney(DISB34) perdeu cerca de 45% desde o início do ano, a Warner Bros – Discovery (WBD) caiu quase pela metade, com queda anual de 43%, a Comcast (CMCS3) e a Paramount desabaram mais de 25%. 

 

 

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Formada em Jornalismo pela Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (ESAMC). É redatora nos portais Seu Dinheiro, Money Times e Empiricus.
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