Economia

Queda do PIB estimada por Ministério da Economia na 4ª-feira ficará acima de 4%

12 maio 2020, 13:28 - atualizado em 12 maio 2020, 13:28
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Uma das fontes pontuou que o novo número ficará por volta de -4,5% (Imagem: Pixabay/stevepb)

O Ministério da Economia divulgará na quarta-feira sua nova estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) e a contração da economia prevista para este ano será maior que 4%, afirmaram duas fontes com conhecimento direto do assunto.

Uma das fontes pontuou que o novo número ficará por volta de -4,5%.

Até o momento, a perspectiva oficial do governo é de alta de 0,02% para o PIB, divulgada em 20 de março.

De lá para cá, membros do time de Paulo Guedes reconheceram que o desempenho da atividade neste ano ficaria no vermelho, mas pontuaram que o governo aguardaria para refazer suas contas, até para ter mais dados do impacto do Covid-19 na economia.

A nova projeção do PIB faz parte da grade de parâmetros que irá fundamentar a revisão para o comportamento das contas públicas no próximo relatório bimestral de receitas e despesas, a ser publicado até o dia 22.

No boletim Focus mais recente, economistas ouvidos pelo Banco Central pioraram sua expectativa para o PIB neste ano a uma contração de 4,11%, contra queda de 3,76% antes. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) previu, em abril, uma retração de 5,3% para o Brasil em 2020, enquanto o Banco Mundial estimou um recuo de 5%.

A paralisação na atividade por conta das medidas de isolamento adotadas para refrear a disseminação do coronavírus tem afetado profundamente cadeias de produção e padrões de consumo no Brasil, esfriando de maneira expressiva a economia.

Nesta terça-feira, inclusive, o Banco Central destacou que vê queda forte do PIB na primeira metade deste ano, seguida de uma recuperação gradual a partir do terceiro trimestre, indicando que o ritmo de retomada não deverá ser rápido.

“Embora haja poucos dados disponíveis para o mês de abril, há evidência suficiente de que a economia sofrerá forte contração no segundo trimestre deste ano”, apontou a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

“A menos de avanços médicos no combate à pandemia, é plausível um cenário em que a retomada, além de mais gradual do que a considerada, seja caracterizada por idas e vindas”, completou.

A produção industrial do Brasil despencou 9,1% em março na comparação com o mês anterior em meio ao fechamento de fábricas e empresas em todo o país, ao nível de produção mais fraco para o mês em 18 anos.

Já em abril, a indústria automotiva teve queda de 99% na produção ante o mês anterior.

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