Quem foi Eliseu Padilha? Ex-ministro atuou ao lado de três presidentes

Morreu na noite de ontem o ex-ministro Eliseu Padilha, aos 77 anos. Ele fazia um tratamento contra um câncer no estômago e estava internado em estado grave em um hospital em Porto Alegre (RS).

Nascido em dezembro de 1945 em Canela, no Rio Grande do Sul, Padilha se formou em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e se filiou ao MDB em 1966.

Ele se elegeu prefeito de Tramandaí em 1989, cargo que permaneceu até 1992. Também foi deputado federal de 1995 a 2011. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, Padilha foi ministro dos Transportes, entre 1997 a 2001.

Em 2014, foi o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, já no segundo governo de Dilma Rousseff.

Seu último cargo no Planalto foi como ministro da Casa Civil de Michel Temer. Ele ainda ocupou interinamente o cargo de ministro do Trabalho por poucos dias em 2018.

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Conhecido como braço direito de Temer, o ex-ministro é tido como um dos articuladores do impeachment de Dilma. Ele também foi acusado de ter criado obstáculos nas investigações da Operação Lava Jato e entrou na delação premiada de diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho.

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Temer divulgou uma nota de pêsames sobre a morte de Padilha, na qual detalha que conheceu o político em 1994. “Ali nascia uma longa amizade de quase 30 anos. Padilha foi um companheiro de todas as lutas, sempre ao meu lado e ocupando diversos cargos importantes na República”.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, publicou uma nota de pesar em seu Twitter, assim como a ministra Simone Tebet.

Recebo com pesar a notícia da morte de Eliseu Padilha, líder habilidoso e dedicado ao RS e ao Brasil, que serviu como ministro de três presidentes da República. Meus pensamentos e solidariedade vão para sua família e amigos neste momento de tristeza.

— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) March 14, 2023

Recebi com imensa tristeza a notícia de falecimento de Eliseu Padilha. Liderança histórica do MDB e amigo do meu pai, foram colegas no Congresso: um na Câmara e outro no Senado. Foram ministros ao mesmo tempo. Sua marca foi o diálogo com todas as partes. Meu abraço na família

— Simone Tebet (@simonetebetbr) March 14, 2023

O velório do político, aberto ao público, ocorrerá na quarta-feira (15) a partir das 10h no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. Depois das 17h, o corpo será levado ao Angelus Memorial e Crematório para uma cerimônia restrita aos parentes.

Padilha deixa a esposa, Simone Camargo, seis filhos e cinco netos.

*Com Reuters