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R$ 55 bilhões: Petrobras (PETR4) perde uma Sabesp após fiasco dos dividendos

09 mar 2024, 10:30 - atualizado em 09 mar 2024, 10:30
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Petrobras anunciou, junto com seu balanço, que não irá pagar dividendos extraordinários para os investidores. Papéis da estatal derreteram no último pregão. (Imagem: (REUTERS/Sergio Moraes)

A Petrobras (PETR3;PETR4) viveu uma verdadeira sexta-feira sangrenta após a notícia de que a empresa não pagaria dividendos extraordinários.

Os papéis ordinários e preferenciais da companhia derreteram 10,37% e 9,14%, respectivamente. Trata-se da maior queda no preço das ações da estatal desde fevereiro de 2021 — na época, o então presidente Jair Bolsonaro realizou uma troca no comando da empresa, substituindo Roberto Castello Branco por Joaquim Silva e Luna.

Com as quedas de ontem, segundo estimativa do consultor da Elos Ayta Consultoria e colunista do Money Times Einar Rivero, a Petrobras perdeu R$ 55,3 bilhões em valor de mercado em apenas um dia. O montante é equivalente ao valor da companhia de saneamento Sabesp (SBSP3) ou quase quatro Magazine Luiza (MGLU3).



Confira como foi o balanço da Petrobras

Segundo o balanço divulgado na quinta-feira (7), a companhia encerrou o quarto trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 31 bilhões, queda de 28% em relação ao mesmo período de 2022.

No ano, marcado pelo primeiro do governo de Lula, o lucro caiu 33%, para R$ 136 bilhões.

Segundo a empresa, esse resultado é explicado principalmente pelo aumento das margens de derivados e dos volumes de óleo. Por outro lado, as despesas operacionais aumentaram, principalmente devido a maiores gastos com impairment e abandono de áreas.

Além de os números ficarem abaixo do esperado pelo mercado, a empresa propôs o pagamento de mais R$ 14,2 bilhões em dividendos. No entanto, deixou outros R$ 43,9 bi na reserva. Esse valor poderá ser utilizado para pagamento de dividendos, juros sobre capital próprio, recompras de ações, absorção de prejuízos e incorporação ao capital social.

Editora-chefe
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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