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Radar da Bolsa: Biden não se abala com ômicron, e Ibovespa agradece com alta

29 nov 2021, 20:20 - atualizado em 29 nov 2021, 20:20
Biden
Decisivo: Biden tranquilizou americanos (e, por tabela, o mercado) sobre lockdown para conter o ômicron (Imagem: REUTERS/Evelyn Hockstein)

O Ibovespa seguiu as principais bolsas de valores do mundo e corrigiu os excessos do pregão de sexta-feira (26), quando a variante ômicron infectou os mercados com um pânico generalizado. O principal índice da B3 fechou em alta de 0,58%, a 102.814 pontos.

Embora as notícias de que os primeiros estudos indicam que a nova cepa do coronavírus não é tão letal, quanto se imagina, tenham ajudado a melhorar o humor dos investidores, foi o presidente americano, Joe Biden, quem contribuiu para que a alta dos mercados embalasse.

Veja os principais fatores da alta do Ibovespa nesta segunda-feira (29), segundo os analistas da Ágora, Terra, Guide e ModalMais.

1. Ômicron: talvez, o nome seja pior que o vírus

Na abertura do pregão, os investidores ensaiavam um movimento de alta, comprando boas ações que apanharam indevidamente na sexta-feira e alimentaram o viés de alta. O apetite para recompor a carteira refletiu declarações dadas, no fim de semana, por Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul, de que as vítimas do ômicron apresentam sintomas “muito leves”.

2. Brigada ligeira

Outro motivo de ânimo foi a rápida reação dos laboratórios, que afirmaram ser possível desenvolver, rapidamente, novas versões das vacinas já em uso, capazes de deter a nova variante. Ao longo do dia, a BioNTech, parceira da Pfizer, a Moderna e a Rússia, responsável pela Sputnik V, informaram que já começaram a pesquisar soluções específicas para a cepa.

3. Gato escaldado…

Pelo sim, pelo não, os investidores operaram boa parte do dia sob a sombra de novos lockdowns. Afinal, desde sábado, países como o Reino Unido, EUA, Espanha, Japão, Israel e Brasil anunciaram restrições à entrada de pessoas oriundas da África do Sul e de países vizinhos. A pressão para que o governo alemão tome medidas semelhantes também recrudesceu ao longo do pregão.

4. In Biden, we trust

A tensão com uma nova rodada de lockdowns, contudo, só arrefeceu, quando o presidente Joe Biden afirmou publicamente, nesta segunda, que não adotará nenhuma medida para fechar a economia durante as festas de fim de ano. Foi a senha para que as bolsas americanas acelerassem a alta.

5. No news is good news!

No cenário interno, os investidores gostaram dos números divulgados pelo Boletim Focus e pela Fundação Getúlio Vargas. Em relação ao primeiro, a piora nas expectativas de inflação e PIB veio dentro do esperadao. Já o IGP-M, medido pela FGV, apresentou alta de apenas 0,02% em novembro, abaixo da estimativa média dos analistas. O resultado também é bem menor que o 0,64% do mês passado

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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