Mercados

Radar do mercado: O que importa para a bolsa hoje, segundo 5 analistas

09 dez 2021, 10:02 - atualizado em 09 dez 2021, 10:02
Copom Banco Central
Pregão é marcado pela repercussão da nova Selic. (Imagem: Beto Nociti/Banco Central)

A alta da Selic em 1,5 ponto percentual, para 9,25% ao ano, e o tom mais duro adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) dominam os relatórios de abertura de algumas das principais corretoras do país nesta quinta-feira (9).

O dia deve ser de realização de ganhos, após as altas recentes. O Ibovespa futuro caía 0,9% na manhã desta quinta, enquanto os mercados globais começavam o dia mistos: EUA em baixa de 0,2% e Europa no zero a zero.

Na China, o CSI 300 subiu 1,7% e o índice de Hang Seng avançou 1,1%, após dados da inflação ao produtor indicarem uma desaceleração marginal, sugerindo que o governo terá mais espaço para ampliar estímulos econômicos.

Veja o que esperam alguns dos principais analistas para o pregão desta quinta:

XP: Selic mais alta

A XP Investimentos chama a atenção para o fato de que Copom afirmou que “é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista”.

Para a corretora, o acréscimo do termo “significativamente” sugere que o colegiado prevê agora a taxa Selic terminal mais elevada do que o vislumbrado em sua reunião anterior.

A casa avalia que a recente alta nas expectativas de inflação para 2022 em diante está incomodando a autoridade monetária.

Commcor: Real fortalecido

Para a Commcor, a desancoragem das expectativas da inflação ocasionando um tom mais duro do Copom cria um cenário de atratividade para a moeda brasileira que, apesar das incertezas fiscais e políticas que rondam o país, pode abrir espaço para um fortalecimento do real contra o dólar.

Para a corretora, as ações terão maior dificuldade de competir com os ativos de renda fixa, uma vez que, patamares cada vez mais altos da taxa básica de juros indicam rendimentos maiores dos ativos de menor risco.

Genial: Credibilidade afetada

A Genial comenta que diante da fragilização do Teto de Gastos e a elevação da incerteza em torno do arcabouço fiscal brasileiro, o Copom tem que adquirir o máximo de credibilidade para o lado da política monetária.

Para a corretora, o grande problema é que por mais que o desvio fiscal em termos absolutos tenha sido pequeno com a PEC dos precatórios, houve uma “perda total” em termos de credibilidade em torno da âncora fiscal representada pelo Teto de Gastos.

“Nossas projeções indicam que o ciclo de alta da Selic se encerrará em 12% no primeiro semestre de 2022 e permanecendo neste nível até o final de 2022 como forma de trazer a inflação em direção à meta”, diz.

Terra: Seguro-desemprego no radar

A Terra Investimentos destaca que os investidores monitoram os dados de pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA. “Investidores seguem atentos para dados de inflação ao consumidor, que será divulgado amanhã, além da reunião do Fed na semana que vem”.

A corretora lembra que, na Europa, o mercado repercute as notícias da Pfizer sobre seus estudos iniciais mostrarem que terceira dose de sua própria vacina poderá ser necessária para neutralizar a nova variante.

“Além disso, o Reino Unido anunciou para segunda-feira o início das novas restrições, com o retorno de trabalho remoto e obrigatoriedade do passaporte da vacina em todos os grandes locais”, comenta.

Mirae Asset: Inflação na China

A Mirae menciona a agenda econômica com a divulgação da inflação de novembro na China: o PPI subiu 12,9% na comparação anual, contra expectativa de avanço de 12%.

Já o CPI subiu 2,3% na comparação anual de novembro, contra previsão de alta de 2,6%.

“Ainda na China a Fitch rebaixou o rating da incorporadora Evergrande, por entrar em default”, diz trecho do relatório.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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