Mercados

Radar do mercado: O que importa para o Ibovespa hoje, segundo 4 analistas

25 nov 2021, 9:52 - atualizado em 25 nov 2021, 9:53
Início desta quinta-feira é marcado pela divulgação do IPCA-15, considerado a prévia da inflação. (Imagem: Shutterstock)

Em dia de bolsas norte-americanas fechadas devido ao feriado de Ação de Graças no país, o Ibovespa futuro amanhece em alta de 0,32%, aos 105.348 pontos.

O início desta quinta-feira (25) é marcado pela divulgação do IPCA-15, considerado a prévia da inflação.

O indicador subiu 1,17% em novembro, sobre alta de 1,20% no mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 1,10 por cento para o período.

O dólar recuava 0,26%, a R$ 5,5798 nesta quinta, depois de uma leve queda na véspera, quando declarações consideradas dovish do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, prevaleceram sobre a frustração gerada pelo adiamento da votação da PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Para esta quinta, veja os destaques dos relatórios de abertura de mercado de alguns dos principais analistas do país:

Rico

A Rico diz que o mercado fica à espera de definições mais profundas sobre a PEC dos Precatórios, cuja votação foi adiada para o dia 30, terça que vem.

Até que se defina exatamente como o governo vai lidar com a questão do pagamento de dívidas judiciais e qual será efetivamente o impacto nas contas públicas, a bolsa tende a ficar “de lado”, diz a corretora.

“Mais atrasos na aprovação podem estressar ainda mais os juros, o Real e a Bolsa”, pondera em trecho do relatório.

Terra Investimentos

A Terra Investimentos lembra que a votação da MP do Auxílio Brasil está marcada para hoje após mudança do relator com a retirada da clausula da possibilidade de reajuste anual atrelado à inflação.

Outra mudança foi condição que Governo não coloque ‘na fila’ quem tem direito ao benefício, quem for elegível ao programa terá a garantia de que irá recebê-lo”, escreve a corretora.

Genial Investimentos

A Genial Investimentos destaca a Ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (Fomc), divulgada ontem, mostrou preocupação com a aceleração da inflação nos EUA.

Segundo a Ata, o número de diretores do Fed que consideram as pressões inflacionárias mais persistentes é crescente. Vários membros do comitê indicaram que acreditam que possa ser necessário acelerar a redução da compra de ativos no mercado para antecipar o início do processo de aumento das taxas de juros que, neste momento, está programado para o terceiro trimestre de 2022.

Para a Genial, o movimento pode gerar mais pressão sobre o real e sobre a taxa de inflação no Brasil no curto prazo. “Mas antecipar o início do processo de aumento das taxas de juros evitaria o risco de perda de controle sobre as expectativas para a inflação, o que tornaria a inflação mais persistente, reduzindo a eficácia da política monetária”.

XP Investimentos

A XP Investimentos diz que a queda nas nos pedidos de seguro desemprego relatada pelo Ministério do Trabalho nos EUA na quarta-feira foi “exagerada” pelas dificuldades de ajuste dos dados pelas oscilações sazonais nesta época do ano.

“Ainda assim, o mercado de trabalho está melhorando, com as listas de desempregados encolhendo em meados de novembro para o menor valor desde março de 2020, quando a economia estava sofrendo com a primeira onda de infecções do covid-19.

A corretora também sublinha que a arrecadação total de impostos federais no Brasil atingiu R$ 178,7 bilhões em outubro, registrando aumento real de 4,92% em relação ao mesmo mês do ano passado e acima do esperado.

Para a XP, os resultados de outubro mostram que a arrecadação de impostos continua trazendo surpresas positivas, apesar de alguma desaceleração na margem. “Para os próximos meses, a tendência de aumento da arrecadação de impostos deve ser mantida, permitindo ao governo cumprir com facilidade a meta de resultado primário deste ano”.

 

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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