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Raízen e Ultrapar podem fazer oferta por Repar na quinta

26 ago 2020, 21:46 - atualizado em 26 ago 2020, 22:03
Ultragaz Ultrapar
O Patria atingiu uma participação de 5% na companhia (Imagem: Reprodução/Ultra)

A Petrobras (PETR4) espera receber na quinta-feira ofertas vinculantes para a refinaria Presidente Getúlio Vargas, conhecida como Repar, e os grupos Raízen e a Ultrapar (UGPA3) Participações SA aparecem entre os candidatos, disseram fontes à Reuters.

A Raízen, joint venture entre a Shell com o conglomerado de energia e logística Cosan (CSAN3), se aliou a um fundo estrangeiro, enquanto a Ultrapar, dona da Rede Ipiranga, ganhou um acionista de peso recentemente, e ambas são vistas como candidatas de peso pela Repar, acrescentaram fontes familiarizadas com o assunto.

A refinaria, quinta maior do país, é a segunda a ir à venda como parte do plano da Petrobras de privatizar parte do seu parque de produção de combustíveis e acabar com seu quase monopólio no refino.

A Repar, com capacidade para processar 208 mil barris por dia, ou 9% da capacidade do país, atende os estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso.

Esta localização torna a Repar um bom ativo para Ultrapar e Raízen, que têm grandes negócios de distribuição de combustíveis nessas regiões.

A Raízen juntou-se à empresa de private equity americana Global Infrastructure Partners (GIP), conforme noticiou a Reuters em janeiro, para disputar as refinarias.

A GIP tem mais de 50 bilhões de dólares em ativos sob gestão.

A Ultrapar também ganhou como um acionista relevante a gestora Patria Investimentos Ltda, que tem como sócia a também gestora Blackstone.

O Patria atingiu uma participação de 5% na companhia, segundo comunicado da empresa neste mês e parte do seu acordo de acionistas.

Embora o Patria tenha apenas comprado ações já existentes na Ultrapar, sem injetar dinheiro novo, ambos poderiam fechar um novo acordo para entregar uma proposta conjunta pela Repar, de acordo com uma fonte.

Uma fonte disse à Reuters que a Petrobras tinha expectativa de receber mais de duas ofertas pela Repar.

A primeira refinaria a ir a mercado, a Rlam, da Bahia, está em negociação exclusiva com o fundo Mubadala, de Abu Dhabi.

A Repar produz principalmente gasolina e diesel, que respondem juntos por até 70% da capacidade da unidade. Também produz asfalto, querosene de aviação e GLP.

A refinaria está sendo vendida junto com cinco terminais de armazenamento, um no Paraná e quatro em Santa Catarina, e 476 km de oleodutos.

Procuradas pela Reuters, a Raízen, a Ultrapar e a gestora Patria disseram, por meio das assessorias de imprensa, que não comentam o assunto. A Petrobras não respondeu imediatamente ao pedido de comentários.

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