Internacional

Recuperação lenta do consumo da China é prejudicada por cautela de famílias de baixa renda

24 set 2020, 9:03 - atualizado em 24 set 2020, 9:03
Ásia Alimentos Feira Consumo
Demorou até agosto para que as vendas no varejo finalmente voltassem a crescer, ganhando 0,5% na base anual. As vendas nos primeiros oito meses foram 8,6% menores do que no mesmo período do ano passado (Imagem: Reuters/Wong Campion)

Meses após a China controlar a epidemia de coronavírus, os consumidores do país estão abrindo lentamente suas carteiras de novo, mas os dias difíceis de confinamento ainda pesam sobre muitas famílias de baixa renda que ficaram em choque e preferem guardar seus dinheiro.

Embora a recuperação da China ante uma contração recorde no primeiro trimestre esteja bem adiantada em relação à maioria dos outros países, ela tem sido desigual.

A fraqueza persistente no consumo pode complicar a pressão sobre o presidente Xi Jinping para que contenha a dependência do país de mercados estrangeiros voláteis.

As fábricas se recuperaram com relativa rapidez dos lockdowns, mas a confiança do consumidor aumentou apenas gradualmente na segunda maior economia do mundo.

Demorou até agosto para que as vendas no varejo finalmente voltassem a crescer, ganhando 0,5% na base anual. As vendas nos primeiros oito meses foram 8,6% menores do que no mesmo período do ano passado.

Mas, embora os gastos com bens de luxo, como bolsas Prada, tenham superado rapidamente o choque do vírus, o consumo de necessidades diárias e serviços está se recuperando mais lentamente. O cuidado extra das famílias de baixa renda é um dos principais motivos, dizem analistas.

“Vivemos de economias, mas é difícil, tentamos comprar apenas o necessário”, disse Zhou Ran, um decorador autônomo da cidade de Xinxiang, no centro de Henan, que não conseguiu trabalhar por quatro meses no início deste ano em meio ao lockdown.

As vendas de roupas e calçados permanecem em queda de 15% nos primeiros oito meses, enquanto as vendas de combustíveis e outros derivados de petróleo já cederam 17,3%. As receitas com vendas de alimentos e bebidas caíram mais de 26% neste período.

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