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Franquia: Rede de cafeterias quer faturar até R$ 100 mi em 2022; veja como adquirir a sua

10 fev 2022, 15:06 - atualizado em 11 fev 2022, 13:05
Franqueador começou sua história em 2016 após dar o carro como garantia de empréstimo (Imagem: Duckbill/Divulgação)

A rede de franquia Duckbill pretende faturar R$ 100 milhões e abrir 80 lojas em 2022. A meta veio após a companhia faturar R$ 42 milhões no ano passado.

A cafeteria foi fundada em 2016 por Rafael Naves, que começou sua história de empreendedor tendo que pegar um empréstimo e dar o seu carro como garantia.

“Eu achava que para abrir a loja eu ia gastar R$ 50 mil, que era o dinheiro que eu tinha, mas, na verdade, ela ficou em R$ 130 mil. Foi mais do que o dobro do que eu imaginava”, afirma Naves ao Money Times.

Foi assim que ele deu o primeiro passo para começar sua marca, que teve seu modelo de negócio baseado na Levain Bakery, uma rede de padarias de Nova Iorque. Após um ano de negócio, o empresário começou a estudar o segmento de franquias.

A decisão para entrar no setor aconteceu no final de 2017 e Rafael contou com o apoio do atual sócio, Davi Pinto.

“Ele era meu professor em um curso sobre franquias, e depois fez uma proposta para se tornar o meu sócio. E começamos em fevereiro de 2018”, explica.

Investimento inicial

Para quem deseja ser um franqueado da Duckbill é preciso, antes de tudo, desembolsar de R$ 170 mil a R$ 300 mil.

O valor varia dependendo do tamanho do espaço e do bairro em que a loja vai ficar. Vale ressaltar que o público alvo do negócio são as classes A e B.

Além disso, o empreendedor dever possuir cerca de R$ 50 mil de capital de giro, para segurar as pontas se algum problema acontecer.

Taxas

Outro ponto é que Rafael cobra uma taxa de franquia entre R$ 40 mil e 70 mil, novamente, a depender do tamanho da loja. Naves cobra também cerca de 7,5% do faturamento por mês em royalties.

Franquias Duckbill
A taxa de franquia de entre R$ 40 mil e 70 mil, a depender do tamanho da loja (Imagem: Duckbill/Divulgação)

Faturamento e lucro

O faturamento médio dos franqueados é de R$ 50 mil por mês.

A margem de lucro fica entre 10% a 20% do faturamento, ou seja, o franqueado tende a registrar um lucro entre R$ 5 mil e R$ 10 mil mensais.

Problemas com logística

Como ponto negativo, Rafael cita que um dos principais problemas é a entrega dos cookies para os franqueados, que são fabricados no interior paulista, na cidade de Franca

“O Brasil é muito grande territorialmente e nossa fábrica está em São Paulo e para entregar nossos produtos para o franqueado pode demorar muito, principalmente na região norte. Então, uma entrega em Manaus pode demorar até 28 dias”, diz o empresário.

Por isso, ele recomenda fazer os pedidos um mês antes de acabar o produto, pois esse pode ser o tempo que ele pode demorar para chegar na loja.

Franquias Duckbill
Empreendedor que atua em áreas remotas do Brasil deve tomar cuidado para não ficar sem alguns produtos no estoque, pois entrega pode demorar até 28 dias (Imagem: Duckbill/Divulgação)

Riscos

O não nega p risco de quebrar, tendo em vista que 9 franqueados fecharam as portas no pior momento do avanço do coronavírus, quando medidas restritivas eram implementadas para conter o avanço da doença.

“As lojas de shopping sofreram muito, principalmente porque eles ficaram fechadas por muito tempo, isso trouxe um custo muito grande para os fraqueados, que não resistiram a situação”, explica.

A falta de capital de gírio também é um problema para quem quer começar. O empresário recomenda um capital mínimo de R$ 50 mil, caso contrário as chances de quebrar são altas.

“Teve uma vez que o franqueado disse que tinha todo o dinheiro para montar a loja, mas, na verdade, faltou e ele acabou se endividando muito, não conseguir pagar a dívida e manter a loja. Acabou quebrando”, conclui o franqueador.

 

Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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