Renda Fixa

Renda fixa em maio deixa porta aberta para mais altas da taxa Selic; veja balanço do mês

31 maio 2022, 15:35 - atualizado em 31 maio 2022, 15:43
Renda Fixa, Dividendos, Investimentos
Renda fixa se mostra bem mais vantajosa do que ações super descontadas na Bolsa em maio. Veja o balanço do Tesouro Direto. (Imagem: Shutterstock)

A renda fixa mostrou aos investidores em maio que as assimetrias de mercado na renda variável não estão tão fáceis assim de captar.

Em outras palavras, isso quer dizer que as ações de crescimento, de varejo ou de tecnologia que estão bastante descontadas pela elevação da taxa Selic, a despeito de baratas na Bolsa e com grande potencial de valorização, ainda podem ter um longo período até se recuperarem por completo.

Como exemplo, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) derreteram 23% nos últimos 30 dias, mesmo já negociando em múltiplos historicamente baixos.

Ao mesmo tempo, o investidor alocado na renda fixa viu seu saldo em conta só crescer.

Selic

No início de maio, a taxa básica de juros foi elevada em 1 ponto percentual, trazendo a Selic de 11,75% para 12,75% ao ano. Até então, o patamar era o teto considerado pelo Banco Central para o estágio terminal do ciclo altista de juros no Brasil.

No entanto, agora tanto o BC quanto o mercado já entendem que a Selic ainda tem mais espaço para subir, o que mexeu diretamente com investimentos em renda fixa em maio e ainda continuará influenciando.

Na visão da MCM Consultores, o Copom pode elevar a Selic nas próximas reuniões em junho e agosto em 50 pontos base em cada encontro, fechando ciclo de juros em 13,75% ao ano.

Tesouro Direto

Com as discussões sobre os rumos da Selic em aberto, todas as taxas pagas pelos títulos públicos no Tesouro Direto tiveram valorização ao longo de maio.

Emprestar dinheiro para o governo brasileiro e receber juros por isso está valendo mais a pena.

Os títulos prefixados foram os papéis de renda fixa que mais se recuperaram no mês, com o mercado mais consciente do risco de termos juros ainda maiores e por mais tempo.

No primeiro pregão do mês, o título prefixado com pagamento de juros semestrais e vencimento em 2033 pagava apenas juros de 12,41% ao ano.

Na tarde desta terça-feira (31), o mesmo título remunerava ao investidor 12,7% ao ano, com cada cota mínima a R$ 35,71.

Na sequência, o Tesouro IPCA+ (título atrelado à inflação) com pagamento de juros semestrais e vencimento em 2055 abriu o mês com rentabilidade de 5,81% ao ano acima da inflação.

Hoje, o mesmo título era negociado no Tesouro Direto com rentabilidade de 5,83% ao ano acima do IPCA, conferindo a proteção do poder de compra do investidor.

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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